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Startups se unem a pequenos agricultores e criam negócios na pandemia

Tecnologia aliada aos pequenos produtores de orgânicos pode salvar economia familiar e gerar novos empregos. Em entrevista a esse blog, co-fundador de foodtech anuncia novo nicho de mercado, em meio à crise

É de comer|Do R7

Pequenos produtores se unem a startup de comida para enfrentar a crise com tecnologia
Pequenos produtores se unem a startup de comida para enfrentar a crise com tecnologia Pequenos produtores se unem a startup de comida para enfrentar a crise com tecnologia

De um lado produtores familiares, com alimentos orgânicos tentando escoar plantação. Do outro, uma startup de foodtech (empresa que une plataforma digital e comida) em expansão no Brasil. A união fez a força e o resultado é um novo negócio. Em tempos de crise e isolamento, empresas de tecnologia têm agilidade para mudar e se adaptar ao novo mercado de consumidores. Foi o que fez a Livup, fundada em 2016 por um grupo de jovens empreendedores e que hoje tem como parceiros 25 agricultores familiares, do interior de São Paulo. O novo negócio é a entrega de cestas de orgânicas via app e site. O diferencial frente ao que já existe por aí: o pagamento pode ser feito também por vale refeição ou vale alimentação digitalmente (os meus, nesse momento, têm até teia de aranha). A pessoa se cadastra e usa o vale no site ou app para comprar sua cesta de alientos direto do campo, a cada semana.

Em entrevista a essa coluna, Victor Santos, CEO e co-fundador da startup, contou que esta foi a forma a empresa ajudar os agricultores - que antes forneciam alimentos para escolas e outros negócios, fechados com a pandemia. Eles iam perder a produção, mas neste momento têm uma renda familiar fixa que varia entre R$6.500 e R$10.000 mensais. Nada mal, em tempos de coronavírus. "A gente quer assumir o protagonismo do setor de fazer a coisa certa, do jeito certo. É importante dar o exemplo. Estamos contentes em apoiar a equipe, os parceiros e também o consumidor nesse momento difícil", diz Santos.

Co-fundador da startup conta como abriu novo nicho de negócios em duas semanas
Co-fundador da startup conta como abriu novo nicho de negócios em duas semanas Co-fundador da startup conta como abriu novo nicho de negócios em duas semanas

E o gosto do consumidor faz toda a diferença nesse momento de adaptação. Uma pesquisa divulgada pela Galunion Consultoria em pareceira com a Qualibest, divulgada este mês, revelou que 93% dos quase mil e cem entrevistados, de norte a sul do país, estão cozinhando em casa. Entre eles, 44% declararam que aumentaram a frequência junto às panelas. Dois em cada dez (19%) se declararam muito dispostos a pedir ingredientes pelo delivery para fazer suas próprias refeições.

E é justamente esse consumidor que as foodtechs estão tentando atingir. No Brasil e no mundo esse movimento vem ganhando força. "Comida é uma coisa cultural, social. Se eu te disser pra você ir no mesmo restaurante todos os dias, todos os meses, você vai enjoar. Entendendo essa pluralidade que uma alimentação balanceada pede, a gente decidiu expandir o portifólio, empoderando as pessoas que querem cozinhar em casa e os pequenos agricultores. A gente entende que tem várias formas de comer bem e a gente quer ser um facilitador para o consumidor", completa o co-fundador da startup.

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Restaurantes e empórios de comida também entraram nesse movimento - entregando cestas de seus fornecedores de orgânicos, via aplicativos de delivery ou mesmo da forma tradicional - telefone e motoboy. Um exemplo é o Corrutela, na Vila Madalena, São Paulo, que mistura na cesta legumes,verduras e outros produtos preparados no restaurante. Mas nesse modelo de negócio, o que impera é o boca a boca e as vendas são feitas de maneira quase artesanal. Com entrada das techs nesse mercado, a tendência é escalar esse tipo de negócio. Se até a pandemia, a Livup tinha como nicho essencial a entrega de pratos prontos em todo o país, agora começa, primeiro em São Paulo, com as cestas para depois tentar levar o produto em nível nacional. “A essência está na mentalidade da empresa. Trabalhamos há quatro anos com processos digitalizados e flexíveis. Por isso a gente consegue se adaptar rápido. Noventa por cento da nossa equipe está trabalhando em esquema de home office na quarentena, mesmo assim foi possível virar esse negócio em duas semanas”, afirma Santos.

Nesse momento, a colaboração entre o campo e a tencologia deveria ser o foco das empresas, para preservar empregos e também a saúde dos clientes, que precisam se alimentar bem. Oportunidade é diferente de oportunismo e nas boas inciativas, isso fica bem claro. Se você quiser saber mais sobre esse assunto e tendências de alimentação sustentável, me siga lá no meu instagram, o @ehdecomer. Pode enviar sugestões de pauta e comentários também, que esta blogueira fica bastante feliz.

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