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Sem álcool, mas para adultos: marcas de bebidas apostam em novo nicho

Pesquisa mundial sobre tendências da indústria alimentícia aponta para lançamento de produtos destinados a maiores de idade, sem álcool, mas com apelo semelhante ao das bebidas alcóolicas.

É de comer|Do R7

No próximo ano, empresas vão criar soluções de bem-estar mental e emocional que podem ser trazidas em comidas e bebidas. O mote é entregar um novo valor e atender necessidades que surgiram com a pandemia. As marcas de alimentos também terão papel agregar identidades das pessoas, unir comunidades em torno de hábitos semelhantes. É o que diz a pesquisa da consultoria global de alimentos, Mintel (íntegra aqui), lançada essa semana.

Trocando em miúdos isso quer dizer que:

1) A comida mais do que nunca está aí para curar não só os males do corpo, mas os da alma.

2) A pandemia transformou a alimentação em válvula de escape para muitos confinados, os levando a hábitos nada saudáveis – como consumo excessivo de álcool e comidas ricas em calorias.

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3) Os alimentos terão papel fundamental na criação de novos espaços comunitários – dessa vez virtuais.

Interessante notar que muitas marcas de alimentos já vinham na esteira dessas tendências. A comida agrega pessoas e quem não quer fazer parte de uma comunidade com a qual se identifica? Melhor ainda se aquilo que você ingere trouxer benefícios pra sua saúde e te relaxar/animar/motivar.

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Negroni sem ácool lançado nos EUA
Negroni sem ácool lançado nos EUA Negroni sem ácool lançado nos EUA

Com poucas calorias (30kcal) e sem álcool – o “Mindiful Negroni” foi lançado pela americana Spirity Cocktails. Todo mundo bem sabe que o Gim ganhou notório espaço no nosso mercado, na última década. Seja nos bares, seja na casa dos brasileiros quarentenados. O Negroni é um dos hits à base do destilado. A mistura de vermute rosso (Martini ou Carpano, por exemplo), bitter (Campari) e gim (os 3 ingredientes normalmente em partes iguais) está em qualquer cardápio de restaurante que preste. De olho nesses consumidores, porque não recriar sabores semelhantes para quem não quer encher a cara todo o dia?

Com subprodutos de chás, cardamomo, cravo e ervas, a marca criada por um ex-alcóolatra, nos Estados Unidos, conseguiu ganhar prêmios no torneio internacional “World Spirits Competition”, em São Francisco. Não tem só negroni no menu da “destilaria”: magaritas e moscow mule completam a lista de produtos oferecidos. Nos EUA, é possível comprar via site da Amazon.

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Kiro é o primeiro switchel comercializado no Brasil
Kiro é o primeiro switchel comercializado no Brasil Kiro é o primeiro switchel comercializado no Brasil

No Brasil, a Kiro faz um trabalho semelhante. Com o slogan: “Sem álcool, para maiores” as garrafinhas marrons ganharam espaço nos restaurantes mais descolados ao oferecer uma bebida picante, doce e com um sabor que lembra algo alcóolico. Dá pra harmonizar muito bem com pratos que normalmente EXIGIRIAM um bom vinho. Já testei com uma terrine de foie gras. Funciona. Porco e pato são boas pedidas para acompanhar o Kiro (ou seria o contrário? O Kiro acompanha esses pratos).

A receita clássica é a de Gengibre e mel e leva também vinagre de maçã. O Kiro é considerado o primeiro Switchel do Brasil. Pra quem não está familiarizado com o termo, switchel é uma bebida à base de água, algo para adoçar e gengibre. Não é fermentada como um kombucha, por exemplo, que tem gás. Funciona como um isotônico e é bastante saudável. A empresa também produz as versões de Maçã e Jiquitaia, e Cupuaçu e Cumaru. Dá pra comprar pelo e-commerce: eles entregam em casa ou numa banca própria deles, na região de Pinheiros – zona oeste de São Paulo.

Com cerca de 5 anos de existência, a marca já consegue traduzir o que a pesquisa da Mintel lançou como tendência para 2022: conquistou fãs que se agregam em um grupinho seleto (muitas vezes virtual), traz saudabilidade por causa dos ingredientes naturais e sustentáveis e uma alternativa ao consumo excessivo de álcool. Consumo moderado de álcool, aliás, é de fato tendência...ainda mais depois de um ano tão difícil.

Um estudo Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) revelou que entre a faixa etária dos 30 a 39 anos, por exemplo, mais de 35% dos entrevistados passaram a consumir doses excessivas de bebidas alcóolicas na pandemia (quem nunca?). Foram ouvidas 12 mil pessoas na América Latina e Caribe.

Levando isso em conta, acho que vale à pena considerar planos de um detox. #Sextou... Quer saber mais? Me segue lá no meu insta, o @ehdecomer.

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