É de comer Quando a gente ama cerveja, mas não pode tomar álcool

Quando a gente ama cerveja, mas não pode tomar álcool

Estamos no Dry January ou Janeiro Seco  mês internacional do detox alcoólico. Esta blogueira dá aqui dicas de cervejas sem álcool para você, que como eu, não pode ou não quer ingerir bebidas alcoólicas neste momento 

  • É de comer | Camé Moraes - @ehdecomer para o R7

Conheça alguns rótulos de cerveja sem álcool disponíveis no mercado

Conheça alguns rótulos de cerveja sem álcool disponíveis no mercado

Pixabay

Eu amo cerveja. Das bebidas alcóolicas existentes é, de longe, uma das minhas preferidas. Frequento cervejarias artesanais. Faço cursos de degustação. Já viajei para grandes polos exportadores (Alemanha, EUA, Bélgica) — sempre em busca dos melhores rótulos.
A gelada me acompanha em festas, restaurantes, carnavais e finais de dia. Acompanhava. Até eu engravidar. E o que fazer? Não tem muito o que fazer na verdade. Ou você para de beber ou começa a pesquisar o que tem de disponível no mercado.
Por sorte, a minha gravidez veio com uma onda de saudabilidade e redução de consumo de álcool, depois que o mercado notou que a população andava exagerando na pandemia. O consumo de bebidas cresceu, mas cresceu também a preocupação com o alcoolismo. Aí os lançamentos ácool-free ganharam muita força no Brasil e no mundo. Sorte a minha, que fiz um verdadeiro tour pelo mundo cervejeiro sem álcool. Vou compartilhar algumas avaliações com você que, como eu, foi obrigado ou simplesmente optou por essa vida mais sóbria. Já aviso de antemão que é claro que NENHUMA cerveja sem álcool é igual a uma cerveja com álcool. Num teste cego, é possível notar a diferença, principalmente no quesito amargor, que nitidamente é o mais difícil de ser reproduzido. Mas algumas marcas chegam bem perto... e não são as mais caras, não... pelo contrário. Quero aproveitar que estamos no Dry January (ou Janeiro Seco), um movimento que promove um mês de detox alcoólico. A iniciativa começou em 2013 no Reino Unido e vem se espalhando mundo afora. Elenco aqui, então, minhas cervejas inofensivas preferidas em ordem de melhor custo-benefício.

Heineken 0.0

Preço médio: R$ 5,90

Não é só o preço que atrai. A cervejaria realmente se preocupou em chegar perto do sabor do produto original. Mantém o amargor e o retrogosto. Bem gelada é fácil de confundir com a cerveja com álcool. Aproveitei bastante agora no verão para preparar micheladas com ela (drink mexicano à base de cerveja e suco de limão. Vou deixar uma receita no final desse artigo). Pra mim, é disparada a que tem o melhor custo-benefício e o sabor de cerveja lager mais adequado. Cuidado com a temperatura. Congela super fácil.

Wals IPA
Preço médio: R$ 9,00


Vendida em longneck, é a melhor IPA que experimentei sem álcool até hoje. Por ser uma Indian Pale Ale, tem um sabor mais tostado e ressalta o amargor que outras cervejas sem álcool acabam perdendo. É leve e desce fácil — não empapuça. Dá pra ser feliz com essa álcool-free da Wals.

Dádiva 0.0 Pilsen

Preço médio: R$ 15

Assim como tudo que a  Dádiva faz, é uma boa cerveja. Mais leve e menos amarga que a Heineken e a Wals, no entanto. Não tem aquele retrogosto doce ou meio azedo que outras pilsen sem álcool acabam tendo. Mas o preço não é tão atrativo assim. A latinha pequena sai por R$ 15. Será que vale a pena? Depende da sua vontade de tomar uma cerveja clara e leve neste verão...

Blondine IPA

Preço médio: R$ 15,90

É uma IPA honesta da Blondine. Bastante semelhante à Wals em termos de qualidade, usa o lúpulo “a mais” da Indian Pale Ale para dar um amargor pronunciado. Também é vendida em longneck e tem custo-benefício semelhante ao das cervejas da marca. Todas entram nessa faixa de preço.

Leuven Kindom Fruit Beer

Preço médio: R$ 12

Para quem quer fugir das tradicionais IPA, Pilsen e cervejas de trigo sem álcool, é uma das poucas opções do mercado. Como o próprio nome diz, é mais frutada e tem um leve azedo, lembrando uma sour.

Paulaner

Preço médio: R$ 19,90

Entre as cervejas da escola de Munique é a que se sai melhor. É bem leve. Tem o frutado característico da Paulaner e um aspecto mais leitoso, por conta do trigo. É cara pelo que oferece.

Estrella Galícia 0.0
Preço médio: R$ 6,90

Bem leve, refrescante e sem retrogosto. Uma pilsen bem fraquinha, essa sem álcool da marca espanhola. Pra mim, doce além da conta, mas há piores.

Erdinger 0.0
Preço médio: R$ 19,90

A alemã, que é tão popular na versão alcoólica, decepciona nessa 0.0. Cara, doce e enjoativa. Fica o trigo, falta amargor.

Brama 0.0
Preço médio: R$ 4,50

Nem perca seu tempo provando. Tome Guaraná que é menos doce.

Enfim, caro leitor. Não é uma tarefa fácil. Se você quiser percorrer esse mundo cervejeiro zero álcool tenha em mente de qual tipo de cerveja você gosta antes de comprar. Uma saída é usar uma Lager ou Pilsen para fazer uma michelada —  drink que acaba ficando bem próximo da versão com álcool. Minha receita é esta aqui, logo abaixo:

Michelada

O que você vai precisar:

Copo alto e grande
1 limão tahiti
Molho inglês
Molho tabasco
Sal e páprica picante

Modo de fazer:
Esfregue o limão na borda do copo. Num prato coloque um pouco de sal e páprica picante em quantidades iguais (uso flor de sal ou sal moído na hora). Passe a borda do copo nesse temperinho.
Esprema o limão dentro do copo, coloque 2 dashes de molho inglês e de tabasco. Coloque bastante gelo e misture com uma bailarina (ou colher, ou garfo... enfim, o que você tiver). Coloque a sua cerveja 0.0 de preferência com cuidado (a espuma sobe rápido). Eu uso a Heineken ou a Dádiva.
Aprecie sem moderação. É sem álcool e tem menos de 70 calorias... tá liberado!
Quer imagens do drink? Mais dicas de brejas sem álcool? Onde tomar esse drink sem álcool mara? Entra lá no meu insta, me segue, curte os posts. Me dê biscoitos... @ehdecomer

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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