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OUTUBRO ROSA: ELAS VENCERAM O CÂNCER DE MAMA

Elas enfrentaram a doença em fases diferentes da vida. Enquanto Mirtes já estava na fase que a mamografia anual é recomendada, Paloma ainda era jovem para estar no grupo de risco. 

Como Ser Saudável|Do R7

"Eu não consigo olhar para as coisas que passei e achar difícil. Eu acho que sou muito forte, sabe. Não consigo ter dó de mim mesma. Aliás, eu odeio auto-comiseração, mas hoje eu entendo que as pessoas são diferentes e têm o direito de sofrerem. Eu não me dei esse direito. Costumo dizer que pra mim o câncer foi só mais um degrau, uma pedra com que topei, ou uma curva mais acentuada do que devia."

Esse relato é da relações públicas Mirtes Bogéa, que descobriu o câncer de mama aos 42 anos após realizar mamografia de rotina. Na verdade, o diagnóstico não foi tão rápido assim. Ela relata que demorou 5 meses para os médicos confirmarem a suspeita. 

A empresária Paloma Bauer também enfrentou uma demora para receber o diagnóstico correto. Mas no caso de Paloma, a questão era a idade. Os médicos custaram a acreditar que uma mulher de 28 anos pudesse estar com a doença. 

Para que a conscientização trazida pelo OUTUBRO ROSA não acabe junto com o mês, este blog traz depoimentos fortíssimos destas duas lindas mulheres que enfrentaram o câncer de mama e venceram a doença.

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Mirtes Borgéa
Mirtes Borgéa Mirtes Borgéa

"Comecei a fazer mamografia com 37 anos, do nada. A minha médica pediu. Aí parei de fazer, mas ao completar 40 eu comecei a fazer todo ano. Eu trabalhava em um hospital que exigia das funcionárias, que elas fizessem todo ano (entrei lá com 41 anos). No meu exame anual, com 42, a técnica chamou atenção para as microcalcificações. Eu até disse 'ué, mas ano passado já estavam aí.' E na minha cabeça essas microcalcificações eram por ter amamentado. E ela respondeu 'sim, mas estão diferentes'. Na hora, ela chamou o médico, que viu, olhou pra minha cara e nem disse nada. Deste dia até o diagnóstico final foram quase 5 meses. O que mais me incomodou era ter um pouco de notícia por dia. Eu queria saber tudo de uma vez, e no câncer não é assim. A cada hora é um dado a mais. Nada é muito rápido.

A médica que fez meu diagnóstico foi incrível. Ela disse pra mim, logo após dizer que era câncer: 'você vai se curar, ao contrário de muitas mulheres que às vezes chegam aqui pra mim'. Aquilo pra mim foi sentença. Eu sabia que ia me curar.

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No dia que recebi meu diagnóstico, eu me senti muito tranquila, talvez por trabalhar com saúde há tanto tempo. Fiquei mais preocupada em como meus pais receberiam a notícia, mas eles até ficaram bem.

Depois veio o tratamento. A cirurgia tem a dor da recuperação, o dreno pendurado por dia, ficar indo toda hora ao médico. A radioterapia te deixa exausta, se arrastando. Durante o tratamento, tive uma crise de dor miofascial que me deixou imóvel por 2 dias por causa da rádio e esse foi um momento muito difícil.

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Falando em momentos difícieis, tiveram dois que marcaram. Meu filho, ao 3 para 4 anos perguntou pra mim se eu ia morrer. Eu respondi que sim, mas que ia demorar muito. E ele ficou bem confortável com a resposta. Outro foi aceitar meus peitos novos que não são bonitos como eram antes! Nenhum médico te diz como vc vai se sentir a primeira vez que tirar a blusa na frente de um crush. Pq ele não faz ideia disso. As pessoas olham pra você sempre te lembrando que o importante é não morrer. Mas calma! Vc quer continuar se sentindo bonita e sexy. E sempre que você se olhar, você vai ver cicatriz, mancha de rádio, um peito no Alasca e outro no Uruguay. Não é confortável.

Por isso que eu digo, repito: fazer mamografia todo ano, a partir dos 40 no mather what! Se o médico do SUS não te prescrever, junta dinheiro e paga pela sua mamografia. É o preço de um sapato bacana! Não confie jamais em autoexame. Ok, é bom para vc conhecer seu próprio corpo, mas não dá pra confiar só nisso. Precisamos pensar em nós; cuidar de nós mesmas!"

Cuidar dela mesma foi o que fez a diferença na vida da empresária Paloma. Ela desconfiou que algo estava errado ao se tocar no banho e sentir um caroço. Foi procurar ajuda médica imediatamente e aí se iniciou uma jornada que, até o momento, resultou em 5 cirurgias e 6 ciclos de quimioterapia. Veja o relato que a Paloma gravou pra gente!

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