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O Verão chegou: é possível obter as quantidades diárias necessárias de vitamina D ?

Como Ser Saudável|Do R7

Você pode ter visto suplementos contendo vitamina D em prateleiras de lojas ou anúncios por ai. Seu médico já pode ter solicitado um exame para saber sua deficiência de vitamina D. Você já deve ter escutado que o verão é a melhor época do ano para elevar os índices desta substância no organismo. Mas afinal: o que é vitamina D e por que precisamos dela?

Esta substância desempenha um papel importante na manutenção dos ossos, ajudando-nos a absorver o cálcio. Nossos corpos o produzem naturalmente quando somos expostos à luz solar, e alguns alimentos que ingerimos podem contê-lo naturalmente ou podem ser enriquecidos com ele. Todos os animais vertebrados, não apenas os humanos, precisam de vitamina D.

Mas será que é verdade que a chegada do verão e a exposição ao sol nesta época do ano são suficientes para suprir a necessidade desta vitamina em nosso organismo? Para tirar esta dúvida e mais algumas, procurei a endocrinologista Dra. Fabiana M. Terasaka. A doutora não só tirou esta dúvida, como explicou tudinho sobre a famosa vitamina D. Olha só!

Doutora Fabiana, para que serve a vitamina D?

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R: A vitamina D, em sua forma ativa, é na verdade um hormônio. E como todo hormônio, ele é produzido e secretado pelo organismo e atua através da sua ligação a um receptor

específico, chamado receptor de vitamina D (VDR). É através desse mecanismo que a vitamina D vai agir nos diferentes locais, como no intestino aumentando a reabsorção de cálcio e fósforo; nos rins aumentando a reabsorção de cálcio; nos ossos melhorando o aporte de cálcio para o mesmo; no sistema imune, melhorando sua função; nos músculos, participando do processo de diferenciação e proliferação das células musculares, entre outras funções.

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A vitamina é dividida em diferentes tipos? Possuem propriedades diferentes?

Podemos dividir os diferentes metabólitos da vitamina D em 3. O primeiro é o colecalciferol, também conhecido como vitamina D3. O segundo metabólito é o calcifediol. E o terceiro metabólito é o calcitriol, que na verdade é o hormônio ativo da vitamina D. 

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Dra. Fabiana M. Terasaka - Endocrinologista e Gerente Médica da Myralis.
Dra. Fabiana M. Terasaka - Endocrinologista e Gerente Médica da Myralis. Dra. Fabiana M. Terasaka - Endocrinologista e Gerente Médica da Myralis.

E doutora Terasaka, qual a principal fonte de vitamina D?

A principal fonte de vitamina D vem da sua formação através da exposição solar. Mas é importante ressaltar que, a forma correta de se expor ao sol, bem como os riscos aumentados de

câncer de pele (principalmente em indivíduos de pele mais clara), devem ser levados em consideração.

E com relação à alimentação. Encontramos vitamina D nos alimentos? Quais?

Sim, podemos encontrar a vitamina D em alimentos como: salmão (selvagem ou de criação), sardinha, cavala, atum, óleo de fígado de bacalhau, gema do ovo e cogumelos.

Fabiana, existe uma quantidade recomendada para consumir?

Segundo a Endocrine Society, as recomendações de ingestão diária de vitamina D em pacientes sob risco de desenvolver deficiência de vitamina D devem ser:

Crianças abaixo de 1 ano: pelo menos 400 UI por dia de

colecalciferol

Crianças acima de 1 ano: pelo menos 600 UI por dia de

colecalciferol

Adultos: 1500 a 2000 UI por dia de colecalciferol.

E como saber se estamos com o nível adequado de vitamina D?

Através da dosagem da 25(OH) vitamina D no sangue. Dependendo do nível, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), classificamos os

pacientes em: Deficientes de vitamina D, quando os valores de vitamina D estão abaixo de 20ng/ml; ou insuficientes quando os valores se encontram entre 20-29ng/ml.

Doutora, caso a pessoa esteja com déficit de vitamina D, o que fazer?

Primeiramente, procurar ajuda de um médico para que, dependendo do nível de deficiência ou insuficiência, ele possa direcionar uma suplementação adequada. A ingesta de alimentos, como os citados anteriormente, bem como a exposição solar de maneira adequada, pode auxiliar a elevar os níveis de vitamina D, no entanto, dependendo do valor será necessária a suplementação dessa vitamina por um médico.

Esse déficit apresenta sintomas no organismo?

A deficiência ou insuficiência de vitamina D, em geral, é silenciosa. Não existe uma sintomatologia específica para essa condição, sendo que o paciente pode apresentar sintomas comuns às outras patologias como: queda de cabelo, fraqueza, cansaço, dores ósseas e musculares. Em casos de deficiências mais graves, a falta de vitamina D pode levar a fragilidade óssea, atraso no nascimento dos dentes em bebês, raquitismo em

crianças e osteomalácia em adultos (que são condições de deformações ósseas importantes).

Fabiana, durante o auge da pandemia, muito se ouviu falar da relação vitamina D x Covid. O que sabemos efetivamente a respeito?

Já é de conhecimento que a vitamina D tem um papel importante na imunidade, melhorando sua função. Existem diversos estudos relacionando melhora de doenças autoimunes, bem como artigos relacionando a deficiência de vitamina D e um impacto negativo dessa em doenças infecciosas. Diversos estudos surgiram na pandemia do COVID-19, alguns demonstraram que pacientes que tinham níveis de vitamina D

baixos apresentavam uma evolução pior, no entanto, diversos outros estudos não demonstraram o mesmo resultado. Portanto, faltam estudos de qualidade que suportem o uso da vitamina D como uma terapia para COVID-19 Vale lembrar que a OMS, não recomenda a suplementação da vitamina D como um tratamento para COVID-19.

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