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LIPEDEMA: você sabe o que é e como identificar a doença?

Como Ser Saudável|Do R7

"Sou uma das 11 milhões de mulheres que são acometidas pelo Lipedema. E digo com propriedade que é sofrido viver com a doença. Já fui muito magra e mesmo assim, não tive sucesso em eliminar as gorduras do quadril e culotes. Fora as dores e o excesso de líquido! O aspecto físico incomoda muito, mas sou a prova viva que o impacto emocional é grande!

Para ter uma ideia, eu me sentia tão desproporcional em relação ao tronco, que aos 22 anos, pesando 58 kg, eu fiz implante de grande volume de silicone nos seios na tentativa do tronco ficar "proporcional" ao quadril."

Este é um trecho do relato de Aline Borin Munin, enfermeira especialista em estética avançada com ênfase em saúde vascular. Aline seria apenas minha entrevistada para explicar sobre a doença Lipedema, mas Aline também se tornou personagem deste artigo. O Lipedema é uma doença relativamente nova, isto é, vem sendo pesquisada há alguns anos, mas apenas em 2022 entrou em vigor no CID 11 (Código Internacional de Doenças ).

A doença provoca um grande inchaço localizado nas pernas e braços, com exclusão das mãos e pés. O aspecto que a enfermidade provoca, muitas vezes, é confundido com obesidade. Mas na verdade, o lipedema é uma doença vascular crônica, de origem hormonal, que acomete principalmente as mulheres. 

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E como detectar se você tem lipedema? "A doença tem características bem peculiares e é classificado em 5 ESTÁGIOS ( I, II, III, IV e V ). O diagnóstico clínico é feito a partir de um exame físico detalhado", explica a especialista em saúde vascular.

Aline Munin é enfermeira especialista em estética avançada com ênfase em saúde vascular
Aline Munin é enfermeira especialista em estética avançada com ênfase em saúde vascular Aline Munin é enfermeira especialista em estética avançada com ênfase em saúde vascular

As principais características que identificam um quadro de Lipedema são:

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- Acúmulo de gordura nas pernas, quadris e glúteos, deixando visivelmente desproporcional a região dos membros superiores;

- Dores frequentes, pois a doença provoca reação inflamatória em células de gordura;

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- Presença de hematomas por qualquer movimento, devido à fragilidade capilar;

- Em estágios mais avançados, o acúmulo de gordura se deposita também em braços e antebraços.

Apesar de ser uma doença genética associada a um padrão hormonal feminino, a prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada são muito recomendadas para amenizar os efeitos da doença. "Atividades físicas fazem parte do tratamento pois melhoram a condição vascular e o fortalecimento muscular, prevenindo a progressão da doença", afirma Aline Munin. "A dieta deverá ser o mais saudável possível, incluindo alimentos anti-inflamatórios, muita água e evitar ao máximo alimentos ultra-processados e refinados, pois estes aceleram a resposta inflamatória, indo contra o tratamento proposto."

Por se tratar de uma doença recém incluída no CID, ainda não há tratamento gratuito para a doença no SUS e convênios, e pouquíssimos profissionais especializados no assunto. As opções de tratamento se dividem em métodos clínicos e cirúrgico. A enfermeira e especialista em saúde vascular, Aline Munin, complementa: "aa minha opinião, é um tratamento multidisciplinar, pois engloba uma mudança no estilo de vida, uma recuperação no aspecto emocional, uma nutrição e exercícios específicos, linfodermoterapia funcional, tratamento medicamentoso e cirúrgico quando indicado pelo médico que acompanha."

Outro ponto de destaque citado pela especialista, é a drenagem linfática como parte do tratamento. "A drenagem difere por ter foco linfático e circulatório, dando prioridade para a DLM (Drenagem linfática manual) associada a FOTOBIOMODULACÃO CELULAR através da laserterapia sistêmica. Normalmente as sessões acontecem 1x por semana."

divulgação Aline Munin
divulgação Aline Munin divulgação Aline Munin

Você mulher, que já tentou de tudo para perder medidas das pernas e quadril e não obteve resultado, fique atenta às características que citamos e procure uma ajuda especializada o quanto antes. O acesso à informação é muito importante; por isso compartilhe com as amigas e busque uma rotina mais saudável para amenizar os sintomas. 

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