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Tatiane Spitzner: por que mulheres ficam em relações abusivas?

O caso da advogada agredida pelo marido, e possivelmente morta por ele, revela os riscos de se submeter a esse tipo de "amor"  

Blog da DB|Do R7 e Deborah Bresser

Laudo aponta ferimento por asfixia: marido é suspeito
Laudo aponta ferimento por asfixia: marido é suspeito Laudo aponta ferimento por asfixia: marido é suspeito

Uma mulher jovem, linda, bem-sucedida que acaba morta ao cair do quarto andar do prédio onde morava depois de sofrer inúmeras agressões desferidas pelo marido, e registradas pelas câmeras do segurança do edifício.

O caso da advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, vítima da violência de seu companheiro, Luís Felipe Manvailer, de 32 anos, choca não só pelo desfecho trágico.

É o típico caso de relacionamento abusivo que acaba mal, muito mal. Ah, mas se era agredida por que não foi embora? Ela gostava de apanhar? Amava o cara?

'Eu quero divorciar' confessou advogada Tatiane Spitzner para irmã; assista

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É muito triste ver como as mulheres se submetem a isso... Mulheres inteligentes, jovens, velhas, ricas, pobres, milhares de Tatianes que, por carência, por medo, por culpa acham que homem é assim mesmo, que é normal tomar porrada e que vai ficar tudo bem.

Elas não fazem isso do nada. Há motivos históricos e sociais que levam a esse comportamento. Mulher já nasce pedindo desculpa, devendo. Já chegam sendo acusadas. São criadas à base do não pode isso, não pode aquilo. E a maioria acredita, pra vida toda, que “merece” esse tipo de tratamento.

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Acreditamos na culpa que é colocada em nós. Daí para o “te traí porque você não transa comigo”, “te bati porque você me deixou nervoso” é só uma questão de oportunidade de encontrar um capeta.

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Mulheres acham que ninguém nunca mais vai gostar delas se “perderem” aquele cara. E uma mulher carente está sujeita a toda sorte de violências, físicas e psicológicas. Ela nunca se sente capaz, nunca se sente suficiente, nada do que faz está bom. E isso vai minando sua autoconfiança, sua autoestima... 

Imagens mostram advogada Tatiane Spitzner sendo agredida pelo marido; veja!

Essa fraqueza mantém a mulher em relacionamentos violentos, seja violência física ou psicológica. Ela não acredita que será capaz de conquistar outro cara, de viver de outro jeito, tem medo de ficar sozinha, de dizerem que ela deve ter defeitos, por isso está sozinha. É um massacre.

Mas é possível sair disso. Fuja. Vivane Duarte, CEO do Plano Feminino - consultoria de marca com foco em gênero e diversidade - em um post no Instagram, alerta as mulheres para que não caiam nessa roubada. Vale a íntegra.

FUJA, MULHER!

#Fujamulher #nenhumadenósamenos

Se você está numa relação onde o cara te magoa com palavras, te humilha e depois chora pedindo perdão, te deixando sempre confusa. FUJA.

Se você está numa relação onde o cara sempre que está irritado com algo te culpa e começa a ficar agressivo, esmurrando parede, arremeaçando objetos, acelerando o carro e dirigindo de forma inconsequente para te amedrontar e depois chora arrependido. FUJA.

Se você está numa relação onde o cara te impede de sair com suas amigas, de vestir as roupas que você gosta, de ter privacidade em suas redes sociais e na sua vida, e ainda diz que isso é excesso de amor e cuidado. FUJA.

Se você está numa relação onde o cara te bate, te espanca, te machuca, mas depois culpa você por ser muito bonita e o fazer perder a cabeça, ou qualquer coisa que seja, não acredite, não se sensibilize. A culpa não é sua. FUJA.

Se você é religiosa e está numa relação onde o cara é um escroto, te humilha, te bate, não te respeita e destrói sua autoestima, mas você tem medo de se separar, medo de ir para o inferno e seu pastor/ líder espiritual te fala que seu marido está sob influência de um espírito ruim e você precisa ser sábia e tolerar. Não tenha medo de julgamento e saia daí. Você já está vivendo no inferno, minha amiga. Seja sábia e FUJA.

*Vamos ajudar a aumentar estes alertas e juntas nos proteger contra homens agressores e relacionamentos abusivos. #Fujamulher

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