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"Não é um fetiche sexual", diz Karol Conka sobre namoro inter-racial

Cantora foi chamada de "palmiteira" ao postar foto ao lado do namorado, que é branco, nas redes sociais e se defendeu da ofensa

Blog da DB|Do R7 e Deborah Bresser

Ao postar foto com o namorado, cantora foi chamada de "palmiteira"
Ao postar foto com o namorado, cantora foi chamada de "palmiteira" Ao postar foto com o namorado, cantora foi chamada de "palmiteira"

Karol Conka compartilhou, pela primeira vez, uma foto ao lado do namorado, o produtor Thiago Barromeo, no domingo (11). Entre elogios e críticas, o que sobressaiu foi a acusação de que a cantora seria "palmiteira", por estar com um homem branco. O termo, pejorativo, costuma fazer referência a homens negros que só ficam com mulheres brancas.

Diante da polêmica, Karol Conka desejou bom dia, na segunda-feira (12), para quem "trabalha, cuida da própria vida e não depende de opiniões alheias para ser feliz". "Bom dia para você também que prega a liberdade, mas não sabe o significado dela. Eu sei a dor e a delícia de ser quem eu sou e ninguém nunca saberá. Não perco meu tempo esperando o que não vem, apenas vivo a minha vida", escreveu.

Karol Conká recebe críticas após surgir com namorado branco

Ao participar do programa de Fátima Bernardes, nesta quinta-feira (15), a cantora voltou a falar sobre o assunto, sendo ainda mais enfática em sua defesa. "Aquela foto mostra uma história de amor, e não um um fetiche sexual. Eu entendo a frustração de muitas pessoas que foram ali comentar, mas acho que elas precisam entender que não é 'um branco ficando com uma negra porque ela é boa de cama ou gostosona'. E eu não estou com ele só porque ele é branco", esclareceu.

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Karol acredita que, por ser uma negra militante, as pessoas confundem e acham que na militância o negro quer a segregação, e não é bem por aí. "A luta contra o racismo não é separar o branco do preto. Assim como eu respeito a opinião dessas pessoas, elas também deveriam me respeitar", disse. 

O caso revela que relacionamentos inter-raciais residem, no imaginário coletivo, dentro dos esteriótipos do fetiche sexual, sim! O preconceito enraizado ainda vê o corpo negro como aquele que só serve ao prazer do branco, no caso das mulheres.

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A ideia de loiras com homens negros também remete a uma sexualização da raça, segundo a qual eles seriam mais 'bem-dotados' do que os homens brancos. É em torno dessas imagens pré-concebidas que nascem os julgamentos dos namoros alheios.

De acordo com essas ideias, ninguém teria um relacionamento inter-racial por outros motivos que não o fetiche. 

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No caso de uma mulher negra com um homem branco a opinião pública é ainda mais cruel, como se a elas fosse vetado ter um romance real inter-racial. Alguns seguidores de Karol foram direto ao ponto. "A militância enlouqueceu? Quer dizer que o negro só pode se relacionar com negro e o branco com branco?", escreveu um fã. "Militância disfarçada de ódio não dá. Ultimamente estou pegando ranço da palavra palmitar, fora que só vejo a galera atacar mulheres negras", avaliou outra.

Karol Conka tem o direito de se relacionar com quem ela bem entender. Ou por ser negra tem obrigação de só namorar negros? Cor da pele não pode e não deve ser critério para escolha de parceiros. Respeito, lealdade, pareceria e amor são bem mais eficientes, né, não?

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