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Riesling: Do Preconceito ao Renascimento. 

A uva mais popular da Alemanha atrai uma legião de fãs pelo mundo, mas já enfrentou muita resistência por conta do famoso Vinho Alemão da Garrafa Azul, o Liebfraumilch.

Adega do Déco|Do R7 e André Rossi

Hoje é o dia dela, da uva que é minha paixão e foi assim desde o primeiro gole que tomei: Hoje é o dia Mundial da Riesling!!

Mas ela não é uma unanimidade como eu e muitos gostariam. Afinal, num passado não tão distante, sua reputação foi manchada pelo famoso vinho alemão, um vinho de qualidade inferior, o Liebfraumilch, ou para muitos, o Vinho da Garrafa Azul. Não, ele não era feito 100% com Riesling, mas tinha um percentual lá dentro. Mas o que de fato atrapalhou, foi que a categoria “Vinho Alemão” foi seriamente prejudicada não só no Brasil, mas no mundo inteiro.

Aos poucos, com as pessoas buscando mais conhecimento e experimentando uvas novas que saíssem do lugar comum, além é claro de uma maior difusão e produção de Rieslings de excelente qualidade, ela voltou a ganhar destaque, mas de uma forma muito positiva.

Vamos então conhecer um pouco a nossa personagem de hoje, que tem arrastado fãs mundo afora:

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Uva Alemã. Múltiplas Personalidades:

A Riesling é uma uva branca originária das regiões dos rios Reno e Mosel, na Alemanha e na Alsácia e é uma uva capaz de produzir grandes vinhos, desde secos até doces, sendo boa parte deles com enorme potencial de envelhecimento.

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Uma de suas características mais marcantes é a capacidade de traduzir muito bem o terroir em que está plantada. A Riesling reflete o vinhedo com transparência, de uma forma que poucas variedades são capazes.

Região Do Mosel, Alemanha.
Região Do Mosel, Alemanha. Região Do Mosel, Alemanha.

Intensidade e Complexidade à Flor da Pele:

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Tudo depende da região, do solo e das outras características do TERROIR, mas no geral os Rieslings alemães costumam ser mais leves e com toques florais. Já os franceses tendem a um vinho mais denso e complexo. Contudo, a Riesling é apaixonante pra muitos por seus aromas minerais bem marcados, lembrando petróleo, querosene e pedras de isqueiro, pior mais estranho que possa parecer! Além disso, algo terroso, floral e até algumas especiarias e notas apimentadas. Pêssego e maçã-verde, além de frutas cítricas, também costumam aparecer. Na boca, a acidez muito marcada é inconfundível e convida a pratos gordurosos, aromáticos e intensos. Rieslings doces terão um aroma de mel maravilhoso, além de sugerir damascos, marzipã e uva-passa. Com o envelhecimento em garrafa, o petróleo pode ressaltar ainda mais!

A Riesling no Mundo

Na Alemanha, seu país de origem, é praticamente onipresente nas regiões do Mosel, Pfalz, Rheingau, Nahe e Rheinhessen principalmente. Na França, a Alscácia tem seu reinado, assim como na Áustria, onde produz excelentes vinhos.

No Novo Mundo, quase todos os países plantam Riesling, mas destaco a Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e até mesmo Chile e Argentina.

Ah, importante: Não deve-se confundi-la com Riesling Itálico, que é outra variedade!

Alguns Rieslings que indico, de diferentes regiões e faixas de preço:

Balthasar Ress Oestrich Doosberg Auselese 1992 (Rheingau, Alemanha)

Trimbach Riesling 2019 (Alsacia, França)

Klein Constantia Estate Riesling 2017 (Constantia, Africa do Sul)

Weinrieder Ried Kugler 2017 (Weinviertel, Austria)

Leyda Riesling Finca Neblina 2017 (Leyda, Chile)

Angove Long Row Riesling 2021 (South Australia)

Humberto Canale Single Vineyard 2020 (Rio Negro, Arg)

CLEMENS BUSCH VDP. Marienburg Riesling Trocken GG 2017 (Mosel, Alemanha)

Bouza Riesling 2019 (Maldonado, Uruguai)

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