Patricia Lages Ministra do TSE afirma que postagem de Bolsonaro vinculando PT ao PCC não é falsa

Ministra do TSE afirma que postagem de Bolsonaro vinculando PT ao PCC não é falsa

Pedido de Lula para que publicação do presidente fosse removida das redes sociais é rejeitado pela corte

Prédio do TSE, em Brasília

Prédio do TSE, em Brasília

Alejandro Zambrana/Secom/TSE - 10.8.2022

O presidente Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais uma reportagem da Record TV sobre a "Operação Cravada" da Polícia Federal. Nela, uma intercepção telefônica gravou a conversa de um integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) citando vínculo com o Partido dos Trabalhadores (PT).

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O membro do PCC afirma que "com o PT ‘nóis’ tinha diálogo. O PT tinha com ‘nóis’ um diálogo ‘cabuloso’". A legenda da publicação de Bolsonaro cita: "líder de facção criminosa (irraaa) reclama de Jair Bolsonaro e revela que com o Partido dos (iirruuuuu) o diálogo com o crime organizado era ‘cabuloso’".

Sem citar explicitamente as partes, a legenda também diz: "é o grupo praticante de atividades ilícitas coordenadas denominado pela décima sexta e terceira letra do alfabeto com saudades do grupo do animal invertebrado cefalópode pertencente ao filo dos moluscos".

Segundo a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Claudia Bucchianeri – que não atendeu o pedido de Lula para que a publicação fosse removida das redes sociais do presidente Bolsonaro – a postagem não apresenta informações falsas, que o áudio é real e que jamais foi desmentido.

Em sua decisão, a ministra afirma: "Dessa forma, sem exercer qualquer juízo de valor sobre o conteúdo da conversa interceptada, se verdadeira ou não, o fato é o de que a interceptação telefônica trazida na matéria jornalística compartilhada e comentada pelo representado é real, ocorreu no contexto de determinada operação coordenada pela Polícia Federal, de sorte que a gravação respectiva é autêntica, o que não implica, volto a dizer, qualquer análise de mérito sobre a procedência, ou não, daquilo o quanto dito pelas pessoas cujas conversas estavam sendo monitoradas".

As estratégias do PT são sempre as mesmas: tentar abafar seus podres sem apresentar provas que possam desmentí-los e apresentar seu líder como alguém injustiçado e perseguido, mesmo diante do fato de ele jamais ter sido inocentado.

Mas, nem sempre as investidas do partido que tem muito a esconder são bem-sucedidas e, pouco a pouco, a cortina de fumaça vai se dissipando, mostrando o que acontece em seus bastidores sombrios.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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