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'Eu não vou enganar o povo mais uma vez'. Não vai mesmo, Lula!

Ex-presidiário Luiz Inácio da Silva, em um rompante de sinceridade, diz o que não pretende fazer, mas que já está fazendo

Patricia Lages|Patricia Lages, do R7

Lula
Lula Lula

Em entrevista por videoconferência ao jornal El País na última quarta-feira (7), Lula aparece na versão “sincerão” e dispara: “Eu já tenho idade demais. Eu já vivi demais. Eu já tenho experiência demais. Eu não vou enganar o povo mais uma vez”. Que frase, senhores!

É claro que aqueles que se recusam a ver a verdade, ainda que esteja a menos de um palmo de seus narizes, dirão que o ex-presidiário, identificado pelo codinome “Amigo” na planilha de propinas da Odebrecht, não quis dizer exatamente o que disse.

Pessoas como Lula, que se acham especiais demais e que acreditam que transcenderam a humanidade para tornarem-se imortais por conta de suas “ideias”, chegam em um momento da vida em que já não se dão mais ao trabalho de disfarçar suas intenções. Gente que, com lábia afiada, alcança esse patamar no quesito poder de persuasão sabe que pode falar o que quiser, pois seja lá a bobagem que for, aqueles que os adoram continuarão curvando-se incondicionalmente.

Apesar da fala negando as pretensões de seguir enganando a população, Lula continua querendo armar mais uma de suas arapucas, agora com a história de que poderá ser candidato. Não, ele não pode. Lula é condenado em segunda instância e, portanto, inelegível. Além de figurar na lista de propinas mais escandalosa da história deste país, Lula é “ficha suja”.

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Aliás, entre os cerca de 250 nomes de “beneficiários” da Odebrecht – identificados por apelidos para que os funcionários não soubessem exatamente de quem se trata – estão várias figurinhas carimbadas. Apenas para citar alguns:

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, apelidada de “Amante”; Aloizio Mercadante, um dos fundadores do PT, figura como “Aracaju” e Manuela D’Ávila, do PC do B, aparece como “Avião”. Para fechar, Botafogo é o codinome de ninguém mais, ninguém menos que Rodrigo Maia, presidente da câmara.

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Estamos em plena campanha eleitoral desta que promete ser a “eleição das fake news”. Já vimos muitas coisas bizarras em eleições passadas, como candidatos que afirmaram a vida inteira não serem cristãos, mas que vão à missa tomar a hóstia para garantir votos católicos. Há também os que se autodenominam “irmãos” para ganhar a simpatia dos evangélicos, mas que não sabem nem sequer diferenciar Jesus de Genésio...

E, claro, temos aqueles candidatos de sempre cuja imagem, discurso, tom de voz, corte de cabelo e figurino são fabricados por grandes agências de publicidade pagas com o nosso dinheiro para nos ludibriar. E a pergunta que fica é: será que vamos nos permitir mais uma vez sermos enganados?

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