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Análise: professores contra educação financeira nas escolas

19% dos inadimplentes têm menos de 24 anos, mas movimento contrário não quer “capitalismo” nas escolas

Patricia Lages|Do R7

Sem educação financeira, jovens fazem dívidas antes mesmo do primeiro emprego
Sem educação financeira, jovens fazem dívidas antes mesmo do primeiro emprego Sem educação financeira, jovens fazem dívidas antes mesmo do primeiro emprego

Não é preciso nenhum estudo, embora haja vários, para se ter certeza de que a maioria dos professores no Brasil são socialistas/comunistas. Desde o ensino fundamental até o doutorado, alunos vêm sendo doutrinados segundo a agenda esquerdista e os resultados desse tipo de ensino estão escancarados para quem quiser ver.

Os índices de aproveitamento escolar são cada vez mais baixos, segundo os resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que testa o desempenho de estudantes em cerca de 80 países a cada dois anos. O Brasil ocupa sempre as últimas colocações em todas as disciplinas avaliadas, embora gaste mais com educação do que vários países latino-americanos que estão em posições melhores.

Além disso, o tipo de currículo que tem sido implementado não prepara o aluno para lidar com finanças, para empreender por conta própria e nem mesmo para a realidade do atual mercado de trabalho. Depois de doze anos em sala de aula, estudantes do país todo deixam as escolas sem o conhecimento necessário para iniciar sua vida profissional.

Uma das consequências é apontada em um estudo do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito): dos mais de 62 milhões de inadimplentes, 19% têm entre 18 e 24 anos de idade. Pior: parte deles nem sequer ingressou no mercado de trabalho. Ou seja, antes mesmo de receber o primeiro salário, esses jovens já estão com o CPF negativado, o que pode, inclusive, prejudicar sua primeira contratação.

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Apesar do triste cenário, há um movimento de professores contrários à implantação da educação financeira nas escolas por questões meramente ideológicas, como uma professora tenta explicar: “Você ensinar finanças nos seus canais, nos seus livros, tudo bem. Aprende quem quer e eu até acho legal e tudo, mas levar isso para a sala de aula é começar a introduzir o capitalismo nas escolas. E aí eu tenho que te avisar: nós não vamos permitir, porque no fim das contas, é a gente que decide o que passar pro aluno!”

O recado está dado e parece bastante claro. Ele não vem de um grupo isolado de docentes, mas sim, de boa parte dos profissionais de educação que colocam suas ideologias acima das necessidades dos alunos. Este é apenas um dos inúmeros entraves que se apresentam quando qualquer tentativa positiva de mudança é feita. Não é à toa que um país como o nosso, com todas as possibilidades de se tornar uma potência, caminha a passos de tartaruga. A resistência ao progresso não vem apenas de cima.

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