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 Análise: Mutação política do coronavírus

Não é preciso voltar muito no tempo para notar que o vírus chinês passou por mutações que foram desde doença com baixa letalidade até o grande mal paralisante.  

Patricia Lages|Do R7

Quem é um pouco mais observador certamente já percebeu que o novo coronavírus, causador da covid-19, passou por um grande divisor de águas após desembarcar e se estabelecer no Brasil. Mas não se tratam de mutações genéticas ou algo do tipo, mas sim, de uma mutação política.

A politização do vírus chinês é clara como a luz do sol, mesmo assim, há quem insista em fechar os olhos, tapar os ouvidos à razão e continuar repetindo os “mantras” que a propaganda e o jornalismo mórbido trataram de disseminar: “é para a sua segurança”, “fique em casa”, “quarentena é amor”, “saúde acima da economia”.

Vírus usado como ferramenta política
Vírus usado como ferramenta política Vírus usado como ferramenta política

Prova disso é que, antes de que o vírus se tornasse ferramenta política, as matérias publicadas focavam em fatos, a exemplo das reportagens abaixo publicadas pelo G1 e Uol, respectivamente.

“Análise de perfil de 44 mil pacientes com coronavírus mostra que 80% dos casos são leves. – Cientistas usaram dados do governo chinês e confirmaram que maior taxa de mortalidade está entre pessoas com mais de 80 anos. Pacientes com doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias, hipertensão e câncer também apresentaram índice superior à média geral das pessoas infectadas”. A matéria do G1, de 18/02/2020 traz até uma classificação, conforme abaixo:

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Casos leves: sem pneumonia ou pneumonia branda – sem mortes – 80,9% dos registros

Casos severos: falta de ar, mudança na frequência respiratória, saturação de oxigênio no sangue, infiltração pulmonar, síndrome respiratória aguda – sem mortes – 13,8% dos registros

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Casos críticos: insuficiência respiratória, choque séptico, falência múltipla dos órgãos – 1.023 mortes – 4,7% das infecções.

A matéria também apresenta um gráfico mostrando que o índice de mortes em pessoas sem nenhum tipo de doença é de 0,9%.

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Já o Uol, em 13/03/2020, publicou: “Contagia menos que sarampo e mata menos que varíola: números do coronavírus”. No resumo da matéria o site traz os seguintes dados:

• Novo coronavírus tem grau de contágio entre 2 e 3, que é considerado moderado

• O sarampo, por exemplo, tem nível entre 12 e 18, considerado muito alto

Segundo o site, hoje, o número de mortes por covid-19 no Brasil é de 78.772. Obviamente, cada vida perdida para o vírus chinês é inestimável, porém, em se tratando de estatística, esse número representa menos de 0,04% da população brasileira.

Conhecendo o histórico político do Brasil, chega a ser surreal acreditar que prefeitos e governadores – adeptos da quarentena eterna – estejam realmente preocupados com a saúde da população. Aliás, muitos desses que atrasam a reabertura da economia – como se quarentena fosse vacina – ignoram dados e fatos, como a pesquisa divulgada pelo prefeito de Nova York demonstrando que 66% dos casos de coronavírus tiveram origem dentro de casa.

Para os defensores do lockdown seletivo – onde supermercados, farmácias e transportes coletivos são imunes ao vírus – a frase “para salvar vidas” é usada para justificar todas as suas arbitrariedades. Com a ajuda de uma imprensa fúnebre, que possui seus próprios interesses na politização da doença, conseguiram provocar, com uma facilidade incrível, um colapso econômico de norte a sul do país.

Mais de 700 mil empresas que foram fechadas por conta da quarentena não vão mais reabrir. Multiplique esse montante pelo número de funcionários demitidos e você vai dar de cara com um volume assustador de pessoas prejudicadas que levarão anos para se reerguer.

Uma sociedade próspera tem o controle sobre suas decisões, pois não depende do Estado, ao contrário, o sustenta. Porém, uma sociedade cujos cidadãos não têm como garantir nem mesmo o seu próprio sustento, torna-se dependente das migalhas que o governo decidir quando e como distribuir.

Nada disso é para a sua segurança. Nada disso é para preservar vidas. Tudo isso se resume a uma única palavra: controle. E não há nada mais eficiente para submeter, paralisar e controlar alguém do que o medo. Parabéns a todos os envolvidos.

Autora

Patricia Lages é autora de 5 best-sellers sobre finanças pessoais e empreendedorismo e do blog Bolsa Blindada. É palestrante internacional e comentarista do JR Dinheiro, no Jornal da Record.

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