Lesmas são moluscos que possuem corpo mole e gosmento e podem ser consideradas verdadeiras pragas na agricultura. Elas se apropriam de plantas hospedeiras e consomem parcial ou integralmente seus brotos, folhas, talos e até suas raízes. E mesmo quando os vegetais não são destruídos integralmente, as lesmas deixam um rastro de muco e fezes por todos os locais onde passam, inviabilizando a comercialização e o consumo.
Além disso, há registro de pelo menos um caso de morte provocado por uma lesma. O ex jogador australiano de rugby, Sam Ballard, morreu depois de ingerir a “iguaria” em uma brincadeira. O molusco estava infectado pelo parasita Angiostrongylus cantonensis, um verme que vive no pulmão de ratos e outros roedores. O verme tomou conta do cérebro de Ballard que, inicialmente ficou tetraplégico e totalmente dependente de terceiros. Em seguida, o ex jogador entrou em coma e permaneceu nessa condição por mais de um ano, mas desenvolveu um quadro irreversível e veio a falecer.
No Brasil temos outra espécie de seres rastejantes que agem como as lesmas, deixando rastros de destruição por onde quer que passem. Onde há lula há muita coisa mal explicada, manipulada, distorcida e encoberta. Pragas são conhecidas por se multiplicarem rapidamente, logo, basta um único casal para dar origem a um verdadeiro exército destruidor.
Se apossam de tudo o que há de melhor e vivem como reis às custas de seus hospedeiros, enquanto fingem ser apenas criaturinhas inofensivas. E para continuar parasitando sem serem incomodados, adotam apelidos fofos para parecerem íntimos, confiáveis e familiares.
Eles também têm o dom de se camuflar e praticamente desaparecer da vista de todos quando lhes convêm. Apesar de circularem em muitos lugares e serem vistos por muita gente, quando são procurados para dar conta de alguns dos estragos que fizeram, curiosamente desaparecem ou são encobertos por algum de seus muitos soldados.
Esse tipo de parasita, assim como o Angiostrongylus cantonensis, infecta o cérebro das pessoas, limita seus movimentos, controla seus pensamentos e as tornam cada vez mais dependentes. Sugam tudo o que podem de seus hospedeiros até colocá-los em coma para, por fim, tirar-lhes a vida. É preciso combater essa praga ou ela dará cabo de brotos, folhas e talos até chegar às raízes e não ter mais o que destruir. Afinal de contas, o trabalho de todo parasita é acabar com seu hospedeiro.