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Análise: Lacrando, afundando e gerando desemprego

Restaurante americano implanta ideias “marxistas” e “coletivistas” e obtém o resultado que qualquer capitalista saberia: falência

Patricia Lages|Patricia Lages

Longa espera por sanduíche vegano virou prato indigesto em restaurante socialista
Longa espera por sanduíche vegano virou prato indigesto em restaurante socialista Longa espera por sanduíche vegano virou prato indigesto em restaurante socialista

Basicamente, o empreendedor de sucesso é aquele que oferece soluções eficientes e acessíveis para os problemas que seu segmento de clientes tem. Isso porque as pessoas, literalmente, pagam para não terem problemas. Porém, devido à grande competitividade que há hoje em dia em praticamente qualquer área de atuação, ter um diferencial no produto e/ou serviço é imprescindível.

Mas, por mais inovador que seja, há regras básicas a serem seguidas para que um negócio tenha mais chances de se estabelecer e ser lucrativo. Sim, é preciso ter lucro, aquela palavrinha que todo marxista faz cara feia e jura odiar. Aliás, é engraçado ver “progressistas” se aventurando no mundo do empreendedorismo com seus iPhones e Apple Watches, uma vez que nada disso pertence ao seu mundo..., mas esse é um assunto para outra análise.

O que está em questão é mais um empreendimento falido na tentativa de implantar ideias utópicas no mundo real. A notícia não é recente, mas voltou à tona em um dos artigos mais lidos da semana no site do Instituto Mises Brasil. Há alguns anos, um grupo de veganos socialistas teve a ideia de abrir um restaurante, o The Garden Diner and Café, em Grand Rapids, Michigan. O negócio seria diferente de tudo e estabeleceu regras nada ortodoxas:

• Coletivismo: não havia chefe ou gerente. O local era gerido por todos os funcionários e nenhum deles tinha mais poderes que os outros;

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• Justiça social: todos recebiam “salários dignos”;

• Igualdade: os salários de todos era exatamente o mesmo, independente do cargo, das habilidades ou do grau de responsabilidade;

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• Sem meritocracia: nenhum garçom podia receber gorjetas.

Logo no início, os veganos simpatizantes da “causa” aderiram à ideia e o negócio parecia um sucesso. Fazer as refeições diante de uma parede vermelha decorada com imagens de Che Guevara e Mao Tsé-Tung devia ser agradável, ainda que só para quem não sabia nada sobre esses personagens. Afinal, quem em sã consciência não perderia a fome lembrando das 144 mortes (segundo a ONG Archivo Cuba) que Che Guevara – o guerrilheiro argentino fã de relógios Rolex – esteve envolvido? E quem teria vontade de pedir uma refeição sabendo que as políticas do governo de Mao Tsé-Tung foram responsáveis pela morte – por inanição – de mais de 50 milhões de pessoas? Curioso para um restaurante...

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Mas, aos poucos, a regra do coletivismo começou a chatear os clientes. Os funcionários decidiam entre si os dias e horários de abertura, que não eram fixos – porque ninguém deveria ser escravo do sistema – o que deixava os clientes confusos, pois era comum chegar e dar de cara com o local fechado.

Aparentemente os “salários dignos” não deviam ser tão dignos assim, pois não havia empenho por parte da equipe que, segundo relatos de clientes à época, podiam levar mais de 40 minutos para servir um simples sanduíche. Ou seria essa falta de interesse por conta da igualdade salarial, onde o chefe de cozinha e o auxiliar de limpeza recebiam o mesmo valor? E quanto ao péssimo serviço dos garçons? Seria pela desmotivação de não poderem ganhar nem um centavo sequer de gorjeta por seu bom desempenho?

A questão é que os “companheiros” acabaram fechando as portas e toda ideia utópica de igualdade e justiça social foi por água abaixo. O que restou foi a dura realidade da falência e do desemprego, fazendo com que a equipe tivesse de buscar recolocação em empresas capitalistas onde há hierarquia, programa de cargos e salários, meritocracia e lucro.

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