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Análise: Franceses que se opuserem à transição de gênero podem perder guarda de filhos

Pais que não permitirem mudança de sexo de filhos, ainda que menores, serão multados e poderão perder autoridade parental

Patricia Lages|Do R7

Além de perder a guarda, pais que se opuserem estão cometendo crime
Além de perder a guarda, pais que se opuserem estão cometendo crime Além de perder a guarda, pais que se opuserem estão cometendo crime

Aprovada no início do ano, uma lei introduz um novo crime ao código penal da França para punir os pais que se opuserem à transição de gênero dos filhos, ainda que crianças. A punição também se estende aos profissionais de saúde que praticarem o que chamam de “terapias de conversão”, isto é, tratamentos ou aconselhamento especializado para que a pessoa aceite o sexo com que nasceu.

Quem infringir a nova lei corre o risco de arcar com uma multa de 45 mil euros (mais de R$ 236 mil). Além disso, os profissionais que implementarem esse tipo de tratamento – ainda que a pedido da própria pessoa – poderão ser condenados a três anos de prisão. Já os pais que se opuserem à mudança de gênero poderão ter sua autoridade parental retirada, ou seja, perder a guarda dos filhos.

Por outro lado, a aceitação da ideologia de gênero, tanto nas escolas, quanto nas redes sociais ou em qualquer meio de comunicação, é permitida sem qualquer contraponto, ainda que seja por parte de profissionais especializados em diversas áreas da ciência e da medicina.

Caso ainda não tenha ficado claro, aqui vai um resumo: quem é a favor da ideia de que crianças são capazes de fazerem sua opção sexual em qualquer idade – ainda que nem saibam o que isso significa – pode difundir sua ideologia livremente. Mas pais que se opuserem e profissionais que oferecerem tratamento contrário estão cometendo crime.

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Segundo o Le Figaro, a medida está sendo fortemente contestada por psiquiatras e juristas. O jornal afirma que a lei “não se limita a proibir médicos e intervenções psicológicas para mudar a orientação dos homossexuais, mas inclui questões relacionadas com a identidade de gênero” e que médicos, psicólogos, psiquiatras e psicanalistas infantis “não poderão ajudar menores que sofrem de disforia de gênero”.

Além disso, profissionais de saúde afirmaram ao jornal que o fato de a lei não distinguir adultos e crianças é “perigosíssimo” e que pode promover “disforia de gênero de início rápido”, a exemplo do Reino Unido, onde houve crescimento de mais de 4.000% no número de casos em menos de dez anos.

E assim o “progressismo” vai se impondo ao redor do mundo, tirando a autoridade dos pais e transferindo-a ao Estado, criminalizando a opinião, a fala e agora até mesmo tratamentos de saúde. Tudo isso para frear quem não concorda com suas agendas. E como se isso fosse pouco, ainda usam e abusam da audiência cativa das instituições de ensino para difundir suas ideologias confundindo crianças e adolescentes. Tempos sombrios.

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