Patricia Lages Análise: Ex-transgênero se arrepende de ter removidos os seios

Análise: Ex-transgênero se arrepende de ter removidos os seios

Garota de 13 anos se identifica como homem, faz terapia hormonal, remove os seios, mas se arrepende aos 17

Remoção de seios e hormônios afetaram corpo de jovem

Remoção de seios e hormônios afetaram corpo de jovem

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A americana Chloe Cole, de 17 anos, está solicitando ao governo dos Estados Unidos que endureça as leis que permitem que crianças e adolescentes tomem decisões que podem alterar drasticamente suas vidas, mais especificamente em relação à mudança de sexo.

Aos 13 anos de idade, Chloe declarou aos pais que não se identificava com seu sexo biológico e que, na verdade, era um garoto no corpo errado. Diante disso, a família decidiu consultar um terapeuta que, por sua vez, confirmou a identidade masculina da garota, indicando o início imediato do tratamento de transição. O profissional alertou os pais que, caso se opusessem, a filha poderia cometer suicídio.

“O terapeuta não se importou com a causalidade e nem tentou me fazer sentir confortável em meu próprio corpo. Ele ignorou as preocupações dos meus pais sobre a eficácia dos hormônios, bloqueadores da puberdade e cirurgias”, afirma Chloe que, hoje, se identifica com seu sexo biológico e se arrepende da terapia hormonal e da remoção de seus seios.

No mês de junho, a garota prestou depoimento público na Califórnia, contra um projeto de lei que propõe que o estado ofereça mais facilidades para quem busca cirurgias de redesignação sexual. Ela também esteve na Flórida prestando apoio a uma norma que proíbe o uso de dinheiro público para custear tratamentos e cirurgias transgênero em menores de idade.

Chloe fez várias afirmações que questionam a forma como esse tipo de transição tem ocorrido: "Meu endocrinologista, depois de duas ou três consultas, me receitou bloqueadores da puberdade e testosterona injetável. Aos 15 anos, pedi para remover meus seios. Meu terapeuta continuou afirmando minha transição. Participei de uma aula de cirurgia com cerca de 12 meninas, a maioria tinha minha idade ou menos. Nenhuma de nós buscava ser homem, apenas estávamos fugindo da sensação desconfortável de nos tornarmos mulheres."

Ela também afirmou não ter ideia do que a remoção dos seios representaria em sua vida e das sequelas que deixaria em seu corpo: "Eu não era capaz de entender. Por outro lado, meus pais foram pressionados a continuar a jornada de gênero com a ameaça de suicídio. Tenho coágulos de sangue na urina e não consigo esvaziar completamente a bexiga.”

Chloe pede que os estados americanos tomem providências para que sua história não se repita. Resta saber com base em que profissionais de diversas áreas vêm confirmando com tanta veemência o que os próprios adolescentes não têm certeza.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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