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Análise: Devemos combater a pobreza ou incentivar a riqueza?

Enquanto se discute o combate à pobreza, a busca pela riqueza é criticada e o empreendedorismo é desestimulado

Patricia Lages|Do R7

Quando focamos em descobrir o que causa a pobreza, estamos, na verdade, partindo de uma premissa equivocada. Isso porque, para que haja pobreza, não é necessário fazer nada. A pobreza simplesmente existe.

O ponto de partida desta análise é que a condição natural do ser humano é a pobreza, afinal de contas, nascemos sem nenhum conhecimento e sem qualquer habilidade para gerar riquezas. Mesmo nas famílias mais abastadas, se os novos membros não desenvolverem talentos para garantir a manutenção e a geração de riquezas, em menos de uma geração grandes fortunas podem ser dilapidadas.

Habilidades para a geração de riquezas vão sendo moldadas e aperfeiçoadas
Habilidades para a geração de riquezas vão sendo moldadas e aperfeiçoadas Habilidades para a geração de riquezas vão sendo moldadas e aperfeiçoadas

Diferentemente da sociedade feudal, onde havia apenas três classes sociais – o clero, a nobreza e os servos – a sociedade moderna e o capitalismo tornaram a ascensão social possível. Ou seja, no feudalismo, a mobilidade social era inexistente: quem nascia pobre passava a vida inteira servindo à nobreza ou ao clero. Mas hoje, a geração de riqueza provém muito mais do trabalho do que do status familiar.

Por meio do desenvolvimento intelectual, acadêmico e da prática profissional de cada indivíduo, as habilidades para a geração de riquezas vão sendo moldadas e aperfeiçoadas. E a remuneração pela produtividade possibilita um ganho financeiro que, se bem administrado, pode elevar a classe social de qualquer pessoa, independentemente da condição familiar.

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Diante disso, combater a pobreza significa incentivar a busca da riqueza que, por sua vez, é proveniente do trabalho. Em outras palavras: quem deseja, de fato, que as pessoas ascendam socialmente deveria focar muito mais em facilitar o empreendedorismo e a geração de emprego e renda do que em criticar o capitalismo e pregar o assistencialismo puro e simples.

Mas, na contramão de tudo isso estão os maus políticos, aqueles que defendem um Estado paternalista, sempre criticando a riqueza (mas se beneficiando dela), tornando o ambiente empresarial cada vez mais inóspito (sobrecarregando o empreendedor com tributos, taxas e impostos) e perpetuando a eleição de seus representantes por meio da eterna promessa de distribuir peixes em vez de ensinar a pescar (quando não fazem nem uma coisa, nem outra).

O que devemos ter em mente é que combater a pobreza sem a geração de riquezas é tão impossível quanto querer matar a fome sem comida. Este país não precisa de mais políticos promovendo a pobreza, mas sim, de pessoas que incentivem a riqueza ou que, no mínimo, não atrapalhem os brasileiros que querem crescer.

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