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Análise: Carnaval 2022 liberado pela ciência ou pela conveniência?

Enquanto países da Europa ampliam restrições para conter nova onda da Covid-19, carnaval é liberado no Brasil. Seria um “déjà vu”?

Patricia Lages|Do R7

Carnaval em Belo Horizonte, fevereiro de 2020
Carnaval em Belo Horizonte, fevereiro de 2020 Carnaval em Belo Horizonte, fevereiro de 2020

Em um passado não muito distante já vimos esse filme: países europeus implementando restrições para conter a disseminação do coronavírus enquanto o Brasil cai na avenida sem qualquer medida de segurança. Nas semanas seguintes o país mergulha em uma pandemia que, depois de quase dois anos, ainda não é possível afirmar que terminou.

Porém, seja pela ciência ou pela conveniência, o carnaval 2022, onde é praticamente impossível haver distanciamento social e o tipo de máscara utilizado é bem diferente do modelo N95, já está sendo liberado em diversos municípios. E não só isso, mas as medidas restritivas implementadas – em nome da ciência – pela prefeitura de Gramado (RS) para o tradicional Natal Luz também foram flexibilizadas.

Tem sido curioso ver como alguns políticos mudam seus discursos como se jamais tivessem dito o que disseram ou como se nós não tivéssemos memória. Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte, por exemplo, em 5 de março deste ano, afirmou com todas as letras: “vamos trancar a cidade”. Na ocasião, ele justificou a medida citando que havia quatro crianças internadas com Covid-19 e que outras quatro estariam aguardando hospitalização.

Porém, nesta terça-feira (16), ao ser perguntado sobre o carnaval 2022, o prefeito disse que não pode “proibir ninguém de sair na rua”. Ele também afirmou que só vai se posicionar oficialmente sobre o assunto na semana que vem. De qualquer forma, o tom da fala desta semana é bem diferente do utilizado apenas oito meses atrás.

Na falta de uma palavra melhor, digamos que tem sido interessante ver como quase tudo o que envolve a pandemia tem sido desmentido ou alterado drasticamente. E a pergunta que fica é: seria tudo isso em nome da ciência ou da conveniência?

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