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Análise: capitalismo para socialista sair da crise

Para se recuperar de uma crise econômica, Cuba muda as regras e amplia os ramos de atividade que podem ser desenvolvidos no país

Patricia Lages|Do R7

Rua de Havana, em Cuba
Rua de Havana, em Cuba Rua de Havana, em Cuba

Iniciativa privada para salvar uma economia quebrada. Quem diria que essa seria a medida adotada pelo governo cubano, país símbolo do socialismo “que deu certo”. Só que não...

No último sábado, Cuba anunciou mudanças radicais em sua política onde o controle é concentrado nas mãos do Estado. As reformas, anunciadas pela ministra do trabalho Marta Elena Carbera, permitirão que pequenos negócios atuem em cerca de 2 mil atividades, o que antes era permitido apenas para 127 segmentos. A ministra citou que haverá 124 exceções, mas não deu detalhes sobre o que seria excluído e nem o porquê.

Desde o ano passado, o presidente Miguel Díaz-Canel tem anunciado que a economia do país enfrenta dificuldades e vinha prometendo uma série de reformas para tirar a ilha do atoleiro. Díaz-Canel chegou a declarar que seria preciso melhorar o setor privado priorizando a “expansão do trabalho autônomo e a remoção dos obstáculos”.

Cuba vive décadas de atraso em muitos aspectos e, ao contrário do que os socialistas dizem, a população não vive bem. Imagine-se tendo que passar horas e horas em filas quilométricas para tentar obter comida e produtos de primeira necessidade. Essa é a dura realidade que contrasta com as belas imagens turísticas que circulam sempre que o país é mencionado.

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A economia cubana recuou 11% só no ano passado e, apesar de ter sido agravada pelo encolhimento do turismo por conta da pandemia, esta não é a única razão da crise.

Quem sabe, diante dessa realidade, mais pessoas percebam que nenhum Estado produz coisa alguma, nem aqui, nem na China e nem mesmo em Cuba. Governos vivem do dinheiro dos contribuintes que, por sua vez, só têm condições de bancar o Estado através de trabalho.

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Riqueza vem de trabalho. Ponto. E, ao contrário do que o socialismo prega, não se cria riqueza dividindo, mas sim, multiplicando. Assim como recompensar a todos igualmente só promove a política do mínimo esforço. Isso fica claro e cristalino quando se compara a situação de países economicamente livres com os que vivem sob a pesada mão do governo, que não se constrange em atrapalhar sempre que possível. Quais são mais prósperos e quais são os mais atrasados?

Como disse Winston Churchill: “a democracia é o pior regime de governo, melhor do que todos os outros.”

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Autora

Patricia Lages é autora de 5 best-sellers sobre finanças pessoais e empreendedorismo e do blog Bolsa Blindada. É palestrante internacional e comentarista do JR Dinheiro, no Jornal da Record.

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