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‘Normal ocorrer traição’: Patrícia Abravanel está errada?

Psicóloga explica porque ainda existem mulheres dispostas a perdoar as 'escapadas' do marido e responde se é possível perdoar traição

Viva a Vida|Do R7

Patrícia causou polêmica na web ao dizer que trair era natural
Patrícia causou polêmica na web ao dizer que trair era natural Patrícia causou polêmica na web ao dizer que trair era natural

Patrícia Abravanel deixou a web para lá de irritada ao declarar, durante o Programa do Silvio Santos, que a mulher deveria ‘perdoar as escapadas do marido’ e que era natural ‘ocorrer uma traição’. Essa não é a primeira ocasião em que Abravanel expressou opiniões impopulares. Ela também não agradou nada ao dizer que se a mulher negasse fogo ao marido, ele ‘procuraria em outro lugar’.

No país em que um em cada três casamentos termina em divórcio, não é difícil imaginar que muitas dessas separações envolvam relações extraconjugais. Mas o que provocou a indignação do público foi a impressão de que as escapadas eram um direito masculino incontestável, enquanto à mulher cabia perdoar a todas as ‘puladas de cerca’ do marido’. Segundo a psicóloga Marina Simas, sócio diretora do Instituto do Casal, essa já foi uma ideia naturalizada pelas gerações passadas para manter o funcionamento da estrutura familiar. “Muitas mulheres não tinham outra escolha ou opção. Algumas mulheres estão condicionadas a pensar dessa maneira e fazer vista grossa pois muitas eram dependentes tanto emocional como financeiramente. ”

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Novos tempos, novas relações. A especialista explica que, hoje em dia, homens e mulheres apelam para a infidelidade na tentativa ‘buscar um sexo mais quente’. No entanto, ela garante que o contexto em que as traições acontecem nada têm a ver com apenas insatisfações sexuais. “A traição pode acontecer por diversas razões: por se apaixonar por outra pessoa, por falta de cuidado e investimento contínuo na relação, falta de diálogo, problemas financeiros, falta de coragem de terminar até mesmo para conseguir manter um casamento duradouro. Tudo isso deve ser avaliado pelo casal”, explica Simas, e alerta que perdoar uma traição pela conveniência pode ter efeitos nocivos na vida o casal. “Tem casais que vivem algo extremamente pesado após uma traição onde ambos tornam reféns da própria relação. ”

Ainda assim, a psicóloga aponta que as relações monogâmicas não estão fadadas ao fracasso no momento em que a infidelidade acontece. “Esse é um processo que depende do casal e de como a traição é vista no seu dia a dia. É uma decisão muito íntima e é necessário balancear os prós e contras desse ‘perdão’. Quando o ganho é maior pode ser conveniente. ”

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