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Forever 21 abre dia 15 de março no Brasil 

A chegada de mais uma gigante do fast fashion mundial agita os negócios da moda e mexe com os desejos dos consumidores

Moda|Deborah Bresser, Do R7

Forever 21
Forever 21 Forever 21

Desde que surgiram os primeiros tapumes nos corredores do MorumbiShopping, em São Paulo, o zumzumzum tomou conta do mercado. Agora, é oficial. A primeira loja da Forever 21 no Brasil será aberta no dia 15 de março e chega para acirrar uma briga de gigantes, em que H&M, Zara, Top Shop e Gap estão no ringue. Lá fora, elas são delírio de consumo. Com preços baixos, produtos de qualidade e a dose necessária de moda para despertar o desejo de compra, essas marcas dominam o cenário do fast fashion. De todas, apenas a H&M ainda não bateu o martelo sobre a data de sua vinda ao Brasil, mas o desembarque é dado como certo. As demais estão por aqui, de olho em um cliente ávido por comprar roupa boa a preço decente. A Gap inaugurou sua primeira unidade no dia 26 de setembro de 2013, no shopping JK Iguatemi. A Zara completou 14 anos de Brasil, e soma 41 lojas no período.

Em entrevista à Vogue, Kristen Strickle, Global PR & Social Media Marketing Manager da Forever 21, declarou que a "as brasileiras representam uma grande parcela das consumidoras nas lojas norte-americanas". "Estamos muito animados para a inauguração. Sentimos que esta era a hora de levar a marca para o País", disse. A loja terá dos andares, ocupados por roupas da linha casual e Faith 21 (para público na faixa entre 25 e 45 anos), mais acessórios, sapatos, lingeries. Na loja carioca, que deve abrir no dia dia 22/3, no Village Mall, haverá também artigos masculinos. 

Espalhadas pelas araras dos dois andares da store paulistana, espere por roupas da linha casual e Faith 21 (destinada para um público mais velho, entre 25 e 45 anos), além de lingeries, acessórios e sapatos; no Rio, a loja também receberá a linha masculina. E os preços? "Não queríamos abrir as lojas antes de ter a certeza de que os preços em reais fossem quase equivalentes aos valores em dólares das peças vendidas nos Estados Unidos", ressaltou. Assim sendo, as etiquetas terão valores super convidativos: de R$ 8,90 (por um brinco) a R$ 122,90 (um vestido longo ou blazer masculino), declarou Kristen para a Vogue. 

De fato, quem espera produtinhos de 3 dólares dá com o nariz na porta. O tal custo Brasil – impostos, encargos trabalhistas e burocracia – emperram essas máquinas de consumo rápido de moda. Nenhuma delas consegue manter os preços nos mesmos patamares em que trabalham fora do País. A Zara teve até de mudar seu modelo de gestão para se adaptar ao mercado nacional. A Gap chega reduzindo as margens de lucro e, ainda assim, os preços ficam de 30% a 40% maiores do que os cobrados nos Estados Unidos. A Forever 21 certamente não vai fugir dessa equação. Resultado: por aqui, abocanham um mercado que não é o popular a que estão habituadas. E batem de frente não apenas com as fast fashion já estabelecidas, como também com etiquetas blockbusters. Há, no Brasil, o fenômeno inédito do fast fashion de butique.

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A melhor tradução do conceito vem na abertura da loja da Riachuelo na Oscar Freire. “Eu acompanhei de perto a mudança no mercado. As pessoas tinham vergonha de dar um presente comprado em um magazine, e isso mudou muito. A moda de um design hoje está no magazine, há uma valorização, é um movimento que vejo acontecer no Brasil”, atesta Marcella Kanner, diretora de Marketing da Riachuelo.

Parcerias com estilistas são outro sintoma nítido de que o fast fashion venceu a briga contra o preconceito. “Quando lançamos a coleção com a Cris Barros, havia gente no lançamento que nunca tinha entrado na loja”, lembra Marcella. E, fisgada a isca, uma vez lá dentro, o cliente é imediatamente atraído para os outros produtos e ofertas da loja. Para Marcella, a chegada de novos players ao mercado não incomoda, nem exige uma estratégia específica. Segundo ela, a concorrência que é nefasta é a da informalidade do mercado de moda. “O problema está no camelô que vende calça por R$ 20, não nas empresas que atuam no mercado formal. Essa é uma bandeira da Riachuelo, combater a informalidade”, alerta. 

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Para a Topshop e Topman, outra potência internacional das fast fashion, a chegada de outros concorrentes é ótima. “O consumidor terá novas opções de compra de coleções antenadas com as tendências do hemisfério norte, e ainda, com preços acessíveis. Ou seja, o bolo está ficando maior. Cabe a nós da Topshop e Topman ficarmos com o maior pedaço", diz Danilea Valadão, brand manager das marcas.

O patamar de preços das lojas gringas esbarra no das marcas médias do mercado brasileiro, aquelas que não estão nem no luxo, nem no popular. E, por aqui, tanto no fast fashion, como no varejo perfumado das Le Lis Blancs da vida, tudo pode ser comprado em suaves prestações nos cartões de crédito, o que iguala o jogo. O que escolher na hora de comprar? Os especialistas se dividem. Há quem defenda que fast fashion é lugar de comprar básicos, jeans, camisetas, o que não vai sair de moda. Outros preferem apostar exatamente na modinha, que ali é lugar certo para adquirir aquilo que vai evaporar em 3, 2, 1 da vontade geral. O custo é baixo e sair de moda dali a poucos meses não vai pesar na consciência, nem no bolso de quem compra. A escolha é sua. Ofertas e opções estão cada vez maiores. 

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