Sikhanyiso Dlamini, também conhecida como Pashu, é primeira herdeira de 30 filhos do Rei Mswati III da Suazilândia, país da África do Sul que faz fronteira com Moçambique. Ao contrário do que se espera de um membro da família real, a princesa se recusa a seguir determinadas tradições em seu país. Entre criticar a poligamia como tradição local que "serve somente aos homens", usar calças, investir na carreira de rapper e engravidar sem ser casada, Pashu foi responsável algumas controvérsias — e avanços — no reinado de seu pai. Veja, a seguir, quem é a princesa determinada a quebrar regras na Suazilândia
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Com dois álbuns em sua discografia, intitulados Hail Your Majesty e Abeze Kim, a carreira musical de Pashu, que tem 32 anos, é certamente a menor de suas transgressões aos olhos do governo swazi.
Em uma entrevista à AFP, ela fez a seguinte declaração: “O ritmo que eu tenho do hip hop deriva das tradições culturais que temos aqui na Suazilândia. Eles são o que me inspiram”. Clique aqui para ouvir o rap da princesa
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Educada em um colégio particular na Grã-Bretanha, e depois na Universidade de Sydney, na Austália, Pashu tem mestrado em comunicação digital e atualmente é ministra da Informação de seu pai, o Rei Mswati III. A posição, no entanto, não veio de mão beijada, já que anos antes a princesa foi desautorizada pelo Palácio Real a ter qualquer contato com a imprensa após se posicionar contra a poligamia em seu país
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Pashu é filha de uma das treze rainhas do Rei Mswati III. Em 2006, quando estava com 18 anos de idade, ela se posicionou abertamente contra a poligamia em um ciclo de debates: "Traz todas as vantagens de um relacionamento para os homens, e isso para mim é injusto e mau."
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No início deste ano, a princesa também enfureceu membros do governo ao anunciar uma gravidez sem ser casada: "É um menino. Temos um príncipe a caminho", escreveu ela em suas redes sociais
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A polêmica teria aumentado porque ela publicou as fotos de seu chá de bebê, que, devido às circunstâncias de seu estado civil, não deveria ter ocorrido
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Na época, uma das autoridades do governo chegou a insinuar que a princesa deveria deixar o país
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"A família Dlamini Royal é a guardiã dos valores morais na Suazilândia. Eles deveriam ser o banco dos bons costumes. No entanto, eles não estão fazendo isso. Se estão cansados de se sentar no palácio, devem fugir da Suazilândia e viver em seu refúgio"
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Não foi a primeira vez que a princesa irritou membros do palácio. Quase 20 anos antes, em 2002, sua decisão de usar calças revoltou não só os funcionários da família real como membros da opinião pública que as mulheres swazi passaram a ser ameaçadas por soldados caso insistissem no vestuário
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"Se alguém se atrever a usar calças, os soldados nos despirão", declarou na época uma moradora de Mbabane, capital do país, em entrevista à BBC
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Além das declarações polêmicas, quando adolescente, Pashu também teria desagrado membros do governo por dar festas regadas a álcool e música alta no palácio da Rainha-Mãe, durante o festival de noivado do Rei Mswati III com sua décima terceira esposa
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De acordo com a Reuters, ela chegou a ser açoitada com uma vara por um membro do palácio como punição
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Em outra polêmica ocorrida em 2013, a princesa fez uma live de três horas de duração com o Movimento Popular Democrático Unido em sua conta no Twitter. Após o ocorrido, seu perfil foi apagado sem maiores explicações