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Explorações ilegais na Região Norte do Brasil vêm surtindo um efeito devastador ao meio ambiente. É o que demonstram novos dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), divulgados nesta segunda-feira (13/6).
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Embora tenha menos habitantes do que outras regiões, o Norte concentra 60% da emissão de carbono do país. E dos 10 municípios no topo da lista, 8 ficam na Amazônia. Cinco deles no estado do Pará.
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Veja, do menor para o maior, os municípios que liberam mais gases do efeito estufa, que agravam o aquecimento global.
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O levantamento se refere ao ano de 2019 (o mais recente), em milhões de toneladas de CO2e (medida que reúne todos os gases, do carbônico ao metano).
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Novo Repartimento (Pará) - Ocupa 15.400 km², com 77 mil habitantes. Fica a 560 km da capital Belém. Emitiu 11,9 milhões de toneladas de gases.
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Apuí (Amazonas) - Ocupa 52.340 km², com 22.800 habitantes. Fica a 408 km da capital Manaus. Emitiu 12,5 milhões de toneladas de gases.
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Colniza (Mato Grosso) - Ocupa 28 mil km², com 40 mil habitantes. Fica a 1.065 km da capital Cuiabá. Emitiu 13,5 milhões de toneladas de gases.
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Rio de Janeiro (RJ) - Ocupa 1.200 km², com 6,7 milhões de habitantes. Emitiu 13,8 milhões de toneladas de gases.
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Novo Progresso (Pará) - Ocupa 38.200 km², com 26 mil habitantes. Fica a 1.194 km da capital Belém. Emitiu 14,9 milhões de toneladas de gases.
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Pacajá (Pará) - Ocupa 11.900 km², com 46 mil habitantes. Fica a 600 km da capital Belém. Emitiu 16,2 milhões de toneladas de gases.
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São Paulo (SP) - Ocupa 1.521 km², com 12,4 milhões de habitantes. Emitiu 16,6 milhões de toneladas de gases.
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Lábrea (Amazonas) - Ocupa 68 mil km², com 48 mil habitantes. Fica a 852 km da capital Manaus. Emitiu 23,2 milhões de toneladas de gases.
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Porto Velho (RO) - Ocupa 34 mil km², com 548 mil habitantes. Emitiu 23,3 milhões de toneladas de gases.
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São Félix do Xingu (Pará) - Ocupa 84 mil km², com 132 mil habitantes. Fica a 1.050 km da capital Belém. Emitiu 28,9 milhões de toneladas de gases.
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Altamira (Pará) - Ocupa 159 mil km², com 116 mil habitantes. Fica a 816 km da capital Belém. Emitiu 35,2 milhões de toneladas de gases.
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Altamira tem 100 vezes menos habitantes do que São Paulo, mas emite o dobro de volume de gases nocivos para o meio ambiente. Se fosse um país, estaria em 108º lugar no mundo, atrás da Noruega e da Suécia.
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Em 2019, Altamira registrou 575 km² de desmatamento: a maior devastação do país. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais detectou 3.800 focos de fogo em Altamira.
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O desmatamento é a principal causa do mau resultado das cidades do norte brasileiro na lista de emissões de gases do efeito estufa.
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Já nas capitais do sudeste - Rio de Janeiro e em São Paulo - o alto índice se deve ao setor de produção de energia e ao segmento de resíduos - o lixo produzido pela população.
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O município de Novo Progresso tem o maior índice de poluição com gases do efeito estufa quando se leva em conta a proporção populacional: 580 toneladas ao ano por habitante. A causa é o desmatamento. O corte das árvores vem se agravando na região.
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O efeito dessa emissão de gases em Nova Progresso, se formos comparar à poluição causada pelo trânsito, tem a seguinte proporção. É como se cada pessoa dirigisse mais de 500 carros, todos os dias, ao longo de 20 km na cidade.
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Em plena Floresta Amazônica, em área pública pertencente a toda a população, caminhos clandestinos vão sendo abertos para a exploração ilegal de madeira e outras riquezas.
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Animais fogem de áreas de queimadas, em regiões exploradas ilegalmente por pessoas que botam fogo de propósito na mata para ampliar áreas de exploração ilegal.
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Diante desse cenário devastador, fica a pergunta: onde vamos parar?
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