Personagens idosos têm aula de zumba na novela Amor Sem Igual
Reprodução/PlayPlusNa novela Amor Sem Igual, da Record TV, os personagens Bento, Geovani e Norma adotaram a dança como atividade física na Casa dos Idosos. Fora das telinhas, muitas pessoas também desfrutam dos benefícios da dança na terceira idade e relatam melhoras não só na qualidade de vida, mas também nas relações pessoais.
Esse é o caso de Eliana Sampaio, de 68 anos, moradora de Itatiba, no interior de São Paulo, que encontrou a cura para a depressão depois de começar a praticar zumba. “Minha saúde não andava nada bem, estava com os índices de diabetes altos e também tinha uma hipertensão não controlada. Desde que comecei a dançar, há mais de dois anos, tenho tudo equilibrado e minha médica sempre me diz que estou de parabéns”, conta a aposentada.
Ela, que tem a visão reduzida, afirma que a dança é a sua nova paixão. “Não me abalo, fico ali pertinho do professor para não perder os passos e hoje sou outra pessoa. A tristeza não faz mais parte do meu dicionário”, diz.
A alegria de Eliana contagiou o marido, Reginei Almeida, de 56 anos, que também enfrentava problemas de saúde e hoje pratica a modalidade de dança. “Ele andava muito triste por ficar em casa. Queria que ele sentisse a mesma alegria que eu e o convidei para assistir a uma aula. Ele ficou na porta vendo de longe e quando menos esperei, ele estava lá no meio dançando”, relembra.
Em São Paulo, Alice Keiko, de 58 anos, tomou coragem para entrar nas aulas de dança da academia Smart Fit e passou a viver com mais alegria. “Tinha medo de não conseguir acompanhar o pessoal, hoje faço zumba e fit dance todos os dias. O mais legal é que as pessoas não reparam se você dança certo ou não, se você é ‘velha’ ou não. Sou mais feliz e motivada”, afirma.
No Instagram, ela compartilha vídeos em que aparece animada e cheia de energia durante as aulas, provando que não existe idade quando o assunto é se sentir bem.
O psicólogo e médico Roberto Debski explica que a música ativa uma extensa rede de neurônios, além de interagir com regiões do cérebro que são responsáveis pela antecipação e planejamento dos movimentos.
“Na dança, você ainda tem a lateralidade, a contra-lateralidade, o equilíbrio e a força. Isso, aliado ao encontro com outro parceiro, favorece as interações sociais e a qualidade de vida”, afirma.
Mas Debski alerta para as contraindicações em relação a dançar, que podem ocorrer devido a limitações físicas e condições de saúde do idoso. “Se a pessoa tiver alguma doença osteomuscular, ortopédica ou neurológica que impeça o movimento, é importante que um médico seja consultado”, esclarece.