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Planejamento é essencial para mães que querem empreender

Nascimento dos filhos incentiva mulheres a ter o próprio negócio

Casa e Decoração|Deborah Bresser, Do R7

Para empreender, as mães precisam aprender a se planejar
Para empreender, as mães precisam aprender a se planejar Para empreender, as mães precisam aprender a se planejar

No Brasil, existem atualmente mais de 8 milhões de mulheres empreendedoras. Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora, elas representam 43% dos empreendedores brasileiros. Nos últimos 14 anos, houve um aumento do empreendedorismo feminino da ordem de 30%. Muitas delas são mulheres que buscam uma alternativa na volta ao trabalho após a maternidade.

Levantamento da aceleradora B2mamy, a cada 10 mães, seis acabam não voltando ao mercado de trabalho. Dessas, pelo menos uma acaba empreendendo. Ter flexibilidade de tempo é a meta principal, de acordo com Juliana Mariz, idealizadora do grupo Co.Madre, criado com o objetivo de dar suporte a mães que desejam empreender.

— Embora o empreendedorismo exija muita dedicação, a mulher acha que conseguirá organizar seu próprio tempo. Conseguirá, por exemplo, coordenar sua agenda para buscar o filho na escola ou levá-lo ao médico. As empresas, em geral, não são amigáveis com as mães, não dando a elas flexibilidade para lidar com as questões e necessidades da maternidade.

O principal entrave, no entanto, é a falta de preparo. A crise econômica, somada à dificuldade de retorno ao mercado, levou a uma enxurrada de mães a empreender.

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— Sinto que vivemos uma segunda fase. Essas mulheres perceberam que empreender não é trabalhar menos, exige profissionalismo, conhecimento. Estão, agora, atrás dessa profissionalização. Deixamos de romantizar o empreendedorismo materno.

No Facebook, mulheres se organizam em grupos de apoio
No Facebook, mulheres se organizam em grupos de apoio No Facebook, mulheres se organizam em grupos de apoio

Neste sentido, o próprio grupo Co.Mardre promove palestras e workshops, com temas como mídias sociais ou finanças pessoais. E já existem empresas no mercado de olho na capacitação desse público. É o caso da Skep, que realiza uma curadoria de aprendizagem, de forma a identificar necessidades e selecionar, no mercado, as melhores oportunidades de forma individual.

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Diretor da empresa, Aziz Camali explica que o foco são pessoas em momento de transição na vida, e o processo inclui mapeamento das necessidades de forma comportamental e técnica.

— A grade com a programação de atividades é feita para trazer de volta o prazer em aprender.

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O primeiro passo para as mães que sonham em empreender é se planejar. Elas devem identificar quais áreas necessita de conhecimento e buscar cursos. Fazer um plano de negócio é essencial. O discurso do trabalho com propósito, tem de vir junto com o planejamento, senão ele não se sustenta.

Viviane Duarte, responsável pelo Plano Feminino, plataforma de consultoria para marcas e pessoas sobre protagonismo feminino, diz que o projeto tem um braço educacional com foco em mulheres que estão em diversas fases da vida: começando a carreira, se tornando gestora, assumindo cargo de porta-voz e conselho da empresa e as mulheres que decidem ser mães. 

— Então elas se deparam com o machismo dentro do mundo corporativo que, em sua maioria, vira as costas para estas profissionais. Muitas desde o início da gestação passam a ser subutilizadas e sofrem com um ambiente hostil e negativamente competitivo. Falta sororidade, empatia, equidade e a mulher gestante passa a ser presa fácil - principalmente se estiver num cargo de média gerência.

Nos cursos oferecidos pelo Plano Feminino, as mulheres que estão buscando uma nova possibilidade e empreendendo aprendem sobre construção de marca, lugar de fala, competitividade, negócios, finanças, autoestima. 

— Esta disciplina é essencial, pois muitas estão perdidas diante do comportamento negativo do mundo corporativo com sua condição de executiva e mãe. Elas precisam voltar a acreditar em quem elas são e calibrar suas potências, numa ótica de autonomia e confiança que ainda não haviam explorado até então.

Luzia Costa, CEO do Grupo Cetro (que administra a rede de franquias Sóbrancelhas), também dá algumas dicas para incentivar as mulheres que desejam idealizar seu negócio. Confira! 

Se identifique com a área do negócio: É muito importante você se identificar com o segmento que irá atuar, suas necessidades e sua disposição. Não adianta investir em um ramo que você não goste só para ganhar dinheiro. A identificação é essencial para o negócio fluir com paixão em tempo integral.

Não desista: Saiba que nenhum caminho empreendedor é fácil até o sucesso. Você será testada em seus obstáculos, irá pensar que não conseguirá tocar seu empreendimento. Mas lembre-se: as dificuldades que irão fortalecer seu espírito empreendedor e seu negócio. Não desista, acredite na sua ideia e supere.

Entre de cabeça: Sua nova carreira irá trazer muitos riscos. Esteja disposto a se dedicar 24h, abrindo mão de um salário fixo, por exemplo, para apostar no seu negócio próprio. Não hesite em trabalhar de domingo a domingo, sua dedicação será essencial para o seu sucesso.

Se organize financeiramente: Entre em negócio com um planejamento financeiro para não ter nenhuma desorganização e misturar suas despesas pessoas e empresariais, o que é terrível para o empreendimento. Organize seu fluxo de caixa e controle todos os valores que entram e saem. Com tudo na ponta do lápis, o risco de ter dívidas e quebrar é bem menor. Assim, seu negócio terá um desenvolvimento saudável.

Seja sempre criativo e se estruture para crescer: Aposte em serviços e produtos que são criativos e diferentes do mercado. Ou até mesmo processos exclusivos que destacarão seu negócio dos demais. Deixe seu empreendimento funcionando e fluindo para expandir de forma orgânica.

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