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Caso Cleo Pires: por que quarentena pode piorar distúrbio alimentar?

Especialistas explicam como confinamento pode agravar transtornos diagnosticados, como é o caso da atriz, que alertou sobre o tema nas redes sociais

Bem Estar|Nayara Fernandes, do R7

Durante quarentena, Cleo Pires volta a falar sobre transtorno alimentar
Durante quarentena, Cleo Pires volta a falar sobre transtorno alimentar Durante quarentena, Cleo Pires volta a falar sobre transtorno alimentar

No início da semana, Cleo Pires foi às redes para falar sobre o agravamento de transtornos alimentares na quarentena. Segundo escreveu a atriz, "para quem sofre ou já sofreu distúrbios alimentares, esse momento está sendo um grande gatilho, então eu desejo força para seguir com tratamento, se você estiver fazendo, força para não se julgar, força para buscar ajuda.”

Entre os principais e mais conhecidos transtornos alimentares, estão a anorexia, bulimia e a compulsão alimentar, que foi relatada por Cleo Pires em agosto do ano passado. De acordo com a OMS, 4,7% da população brasileira possui algum tipo de distúrbio do gênero. A tendência, segundo especialistas, é que o comprometimento da saúde mental causado pela pandemia também tenha impacto nesses transtornos. 

"Temos observado duas tendências de alimentação compulvia ou privação", explica o psiquiatra Luiz Scocca, do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo. "Nossa relação emocional com a comida é bastante complicada e quem acompanha a doença, dependendo do nível que está, sabe que corre um risco maior de ter recaídas." 

Segundo o psquiatra, o desenvolvimento de transtornos alimentares têm causas que vão além da pressão estética e geralmente estão relacionados a sintomas de ansiedade, doença cujo ranking, antes da pandemia, já tinha o Brasil como campeão de casos. "São transtornos que geralmente têm a ver com traumas emocionais mais profundos e até predisposição genética", alerta Scocca. 

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"De fato, os transtornos alimentares não são somente relacionados à pressão estética", é o que explica a nutricionista funcional e gastróloga Gabriela Cilla. "Hoje as pessoas têm muito tempo livre para perceber o que está incomodando. Porque a pessoa está mais reclusa, isso se torna um gatilho principal. Para quem possui um processo de depressão acontece a mesma coisa."

A nutricionista ainda explica que um relacionamento problemárico com a comida não significa necessariamente o diagnóstico de um transtorno alimentar.

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"O distúrbio alimentar acontece todos os dias sem necessariamente estar relacionado à uma pressão externa, diferentemente da má relação com a comida, que pode ser apenas uma questão de compensação." 

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