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“Tentei me enquadrar e vivi numa prisão”, diz Preta Gil sobre padrões

Cantora, que hoje é referência em autoaceitação, revelou que processo até sentir-se bem com o próprio corpo foi longo e cheio de altos e baixos

Beleza|Isadora Tega, do R7

Preta Gil: "Vivi numa prisão"
Preta Gil: "Vivi numa prisão" Preta Gil: "Vivi numa prisão"

Quem vê as redes sociais de Preta Gil hoje, cheias de fotos sem retoques, não imagina que um dia a cantora já foi insegura com o próprio corpo. Mas ela garante: (re)aprender a se amar foi um processo longo, profundo e cheio de altos e baixos.

"Eu sempre gostei de mim do jeito que sou. Mas quando lancei meu primeiro disco foi um choque muito grande: moralismo, preconceito, gordofobia... vi uma realidade que eu desconhecia", conta, em entrevista ao R7. "Acho que eu era protegida pela minha família e pelo mundo em que eu vivia".

O disco a que Preta se refere é o Prêt-À-Porter, de 2003, que tem como capa uma foto da cantora seminua. A repercussão que a imagem causou fez com que ela mudasse a maneira como se via. "Recebi uma enxurrada de críticas. Não tive forças para encarar isso e, ali, comecei a cair numas roubadas: emagreci, fiz lipoaspiração e plásticas. Tentei me enquadrar nos padrões, porque queria que as pessoas parassem de me criticar, e vivi numa prisão".

"Cheguei no fundo do poço, mas lá tinha mola"

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Há sete anos, mais ou menos, Preta decidiu que não podia mais basear a própria vida no que as pessoas queriam que ela fosse. Com a ajuda de terapia, fé e de pessoas próximas, como ela diz, começou a se dedicar para retomar o amor próprio perdido.

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"Fiz uma imersão muito forte, que me ajudou muito. Mas, principalmente, eu quis muito fazer isso. Acho que cheguei no fundo do poço, mas lá tinha mola".

Meu corpo, minha história

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"Todas as decisões que eu tomei na minha vida, o meu parto, meu filho, o quanto eu comia ou deixava de comer... meu corpo era uma consequência de tudo isso. E eu não podia sentir ódio. Precisava ama-lo. Comecei um processo de me olhar no espelho e me reconhecer, me achar bonita", conta Preta.

Adeus, retoques!

Se nas redes sociais Preta dispensa a edição de imagens, nos trabalhos e campanhas que fazia a realidade era bem diferente. Segundo a cantora, ela sempre teve celulites e gordurinhas retocadas pelas empresas que a contratavam e, inclusive, já chegou a ter a pele clareada. "Um absurdo", diz.

Por isso, a filha de Gilberto Gil quer usar a autonomia que a web proporciona para desconstruir e reconstruir os padrões. "Óbvio que a primeira foto que eu postei de biquíni eu também não gostei, também não achava aquilo bonito. Então foi um processo de autoaceitação mesmo", revela. "Porque essa é a realidade. A gente não pode viver em um mundo fake. As mulheres nunca vão alcançar o que as pessoas dizem que é a perfeição".

E o que é a perfeição, Preta?

"O meu padrão de perfeição é outro. Perfeição é buscar aprimorar nosso caráter, nossa alma, nossa fé, nossa bondade e a relação com as outras pessoas. E o corpo é uma consequência. Hoje eu vivo isso numa plenitude e realmente me acho bonita".

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