A autorização do uso de armas de fogo pela população, seja com posse ou com porte, é um debate recorrente na história da política brasileira e, nos últimos anos, voltou à tona.
Recentemente, passou a vigorar no Brasil quatro decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro que eliminam alguns obstáculos para a aquisição de armas de fogo e munições. As principais mudanças incluem a ampliação de quatro para seis do número de armas que uma pessoa pode possuir e também aumenta a quantidade de munição que pode ser adquirida por caçadores, colecionadores e atiradores.
Mas, apesar dessas alterações, as leis brasileiras ainda estão bem distantes das legislações mais permissivas de outros países, como dos Estados Unidos por exemplo.
Atualmente, dezenas de parlamentares lutam para facilitar o acesso, ao mesmo tempo, civis e especialistas ligados aos direitos humanos criticam a flexibilização.
Opiniões
Diante deste cenário, o programa Fala Que Eu Te Escuto perguntou aos espectadores se o porte de armas no Brasil é um direito individual ou uma ameaça coletiva.
Para o assessor parlamentar, Luiz Tinoco, os brasileiros deveriam ter acesso às armas. "Desarmamos as pessoas de bem e armamos os bandidos, então, eu penso que é um direito do cidadão. Só que isso sendo regulamentado é preciso que haja acompanhamento".
A advogada Tatiana Alves disse concordar com a opinião do assessor parlamentar. "Entendo que é um direito nosso, porque quando autorizamos o porte e a posse de armas estamos promovendo a legítima defesa".
A empresária Patrícia Rocha afirmou que enxerga com preocupação a flexibilização das medidas que restringem o acesso a armas. "É uma ameaça coletiva. Se o armamento trouxesse paz nosso país não seria tão violento. Pessoas de bem não precisam usar armas".
Para 77% das pessoas que participaram da enquete do programa o porte de armas é um direito individual. "A gente sabe que esse assunto é complicado. Existem países que o porte e a posse são permitidos e isso traz mais segurança para a população, mas sabemos que os brasileiros são mais emotivos, então, será que estão preparado para esta mudança?", questionou o apresentador, Bispo Adilson Silva.
O programa Fala Que Eu Te Escuto é exibido de terça a sábado pela Record TV, a partir de 00h45. Quem se encontra em outros países pode assistir pela Record Internacional ou pelo Facebook.