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Restaurantes e o coronavírus: prejuízo, delivery e boas ideias

Na crise, cozinhas das metrópoles se dividem entre pedidos de ajuda ao governo e saídas criativas para salvar o negócio

É de comer|Do R7

Estratégias em meio ao coronavírus: delivery mais barato em restaurantes renomados
Estratégias em meio ao coronavírus: delivery mais barato em restaurantes renomados Estratégias em meio ao coronavírus: delivery mais barato em restaurantes renomados

Portas fechadas e uma dúvida cruel: vou conseguir manter e pagar meus funcionários?

Donos de restaurantes se dividem nas redes sociais frente ao isolamento provocado pelo coronavírus. Alguns encampam o apelo da Abrasel - A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes estima que até 3 milhões de empregos no setor sejam cortados nos próximos 30 a 40 dias.

Há pedidos de ajuda aos governos municipal, estadual e federal. A principal proposta é que o poder público entre com o seguro-desemprego enquanto a pandemia durar.

Por outro lado, as parcerias com empresas de delivery se fortalecem. A rede Ifood firmou um acordo com os restaurantes para reduzir o prazo de pagamentos. Se antes a empresa levava até 28 dias para devolver às cozinhas o que os clientes pagaram por meio de aplicativo, agora esse tempo vai cair para uma semana. Um alívio para quem precisa de capital de giro para pagar fornecedores e funcionários. A projeção é de uma injeção de R$ 600 milhões no setor de entregas.

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Mas é na crise que as boas ideias pipocam. E tenho visto muitas, de estabelecimentos comerciais.

Alguns estabelecimentos decidiram criar um sistema de voucher. Pague um jantar agora e coma depois que a quarentena passar. O Pub vietnamita BiaHoi, na região central de São Paulo propõe o seguinte aos clientes: "compre um crédito de 30, 50 ou 100 reais e você poderá em breve consumir 40, 65 ou 150 respectivamente".

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Restaurantes, em que o ticket médio costuma girar em média em 100/150 reais, se renderam à entrega de pratos mais simples e baratos. Menos luxo e mais volume.

É assim com um dos melhores restaurantes japoneses de São Paulo, o Aizomê, que fica no bairro do Paraíso. Num raio de 2km do estabelecimento e com delivery próprio, a cozinha de Telma Shiraishi decidiu entregar os famosos bentôs - refeições completas da cozinha japonesa - com preços que variam entre R$25 e R$40.

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O badalado restaurante Cais, na Vila Madalena, decidiu colocar comida simples à venda - somente para retirada. Segundo o post do estabelecimento nas redes sociais, serão “pratos de dia-a-dia, que fazemos para a nossa equipe: arroz, feijão e proteína.” Os preços giram em torno dos R$20.

O donos dos estabelecimentos mantêm a equipe de cozinha em serviço - e sim, aumentam o risco da circulação do vírus. Mas por outro lado, evitam a falência e fornecem uma alimentação de qualidade a quem nunca fritou um ovo na vida e está trancado em casa. O isolamento do coronavírus não é uma corrida de cem metros. É uma maratona. E os efeitos econômicos podem ser devastadores daqui a algumas semanas, se o brasileiro não combinar empatia e boas ideias. Estas são algumas delas.

Quer saber mais? Me segue lá no @ehdecomer que vou seguir publicando durante esses dias de coronavírus.

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