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Os restaurantes parecem prontos para reabrir, mas nós estamos?

Prefeitura de São Paulo anunciou a reabertura de bares e restaurantes para o próximo dia 6 de julho. Veja alguns locais com mesas ao ar livre, para fazer o primeiro happy hour pós-quarentena, se tiver coragem.

É de comer|Do R7

Restaurantes com mesas
ao ar livre levam vantagem na reabertura
Restaurantes com mesas ao ar livre levam vantagem na reabertura Restaurantes com mesas ao ar livre levam vantagem na reabertura

Dia 6 de julho. Dia D para os 50 mil restaurantes e bares da capital paulista que estão fechados para público, nesse momento. O plano está montado. É álcool em gel obrigatório no estabelecimento, máscaras para funcionários, distanciamento de 2 metros entre as mesas, horário de funcionamento restrito a seis horas por dia, capacidade limitada a 40% e abertura permitida somente para locais "arejados". Arejados não significa ao ar livre ( e na verdade, a definição de arejado é bem subjetiva), mas para os restaurantes que têm quintal ou mesas na calçada fica um pouco mais fácil retomar- isso se as portas não ficarem aglomeradas como antigamente. Eis alguns que seguem esse padrão: os gregos Fotiá e Kouzina, na zonas oeste e sul, já se declararam ansiosos para reabrir, em seus perfis sociais (pertecem aos mesmos sócios). O primeiro tem duas áreas abertas (frente e fundos) e o segundo ocupa boa parte da calçada com mesinhas. Com janelões, os ambientes internos de ambos definitivamente se encaixam no adjetivo "arejados". O desafio será dispersar a espera por esses espaços, que já era grande, antes da pandemia. Como será que os seguranças e garçons vão fazer com os clientes ansiosos pelo Aperol Spritz e aperitivos tão típicos das duas casas? O Chou, em Pinheiros, sempre teve a grelha e o jardim interno como dois pontos fortes. As belas carnes, peixes e legumes eram servidos no quintal, que fica nos fundos do restaurante. No inverno, os garçons até forneciam cobertas e pequenas lareiras aos frequentadores. A espera também era de, no mínimo 40 minutos se você não tivesse reserva. E aí os clientes se espremiam - com conforto, quitutes e um bom vinho - nas banquetas posicionadas em frente à cozinha. Adorava aquela espera.... Numa vilinha no meio da Rua Augusta, na zona oeste, ficam o Barú Marisqueria e o Bistrot de Paris. Ambos têm salões, mas boa parte das mesas fica concentrada nos corredores da vila, a céu aberto. Ficavam BEM concentradas diga-se de passagem. Os dois donos terão de se adaptar para a realidade de mesas a dois metros de distância. O Barú, que é especializado em cevices e frutos do mar, tem como destaque também os drinks maravilhosos para serem apreciados ao sol, como o Pisco Sour - um dos melhores que já tomei.

Relembrar desses lugares enche meu coração de esperança. Não fosse a pandemia, os quase sete mil mortos na capital paulista e o aumento diário de casos sempre acima dos 3%. Mas as pessoas precisam trabalhar e, até que se diga o contrário, quem já pegou a doença nas formas moderadas e grave parece estar imunizado com algum percentual de anticorpos. A questão é: será que quem está doente ficará em casa? Quem tem algum sintoma deixará de comparecer ao serviço (nos restaurantes) ou de frequentar o bar com os amigos? O nosso comportamento irresponsável como sociedade e falta de empatia com o coletivo até então, mostram que não. Vamos torcer para que, realmente, tenhamos chegado ao chamado "plateau" da doença e que não tenhamos aumentos repentinos com a reabertura tão comemorada pelo setor gastronômico.

Eu ainda não decidi o que vou fazer. Na primeira semana de abertura, certamente não vou sentar à mesa de restaurante ou bar, mesmo que ao ar livre. Vai ser bom poder buscar um chope em um boteco, com minha máscara de pano e caminhar ao sol até achar um canto vazio na rua, tirá-la e finalmente poder sentir o gostinho do lúpulo e malte recém-tirados da pressão... É o máximo que me permito usufruir da infraestrutura paulista de gastronomia, nesse momento. Me segue lá, no meu insta, o @ehdecomer. E aguardemos esse dia D para ver como o cidadão vai se comportar.

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