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Consumo de ovo cresce e Brasil ganha fast-food dedicado ao alimento

Brasileiro come mais ovo do que média global, com consumo de 251 ovos por ano.  A proteína barata e saudável ganha adeptos que buscam reduzir a ingestão de carne, mas também conquista espaço nos menus de restaurantes.

É de comer|Do R7

Café da manhã com ovo, do Eggy
Café da manhã com ovo, do Eggy Café da manhã com ovo, do Eggy

Proteína saudável e barata, o ovo está presente em todas as refeições do brasileiro que tem acesso à uma alimentação minimamente balanceada. Em casa, tem ovo toda manhã. Ele é um item essencial ao lado da xícara de café preto e a fruta que compõem meu desjejum. Isso tem algum tempo. Até a Piaf, minha vira-lata que acha que é gourmet, fica ansiosa aguardando sua porção de proteína matinal, ao meu lado na mesa, diariamente. 

Hábitos meus à parte, é fato que o consumo dessa proteína aumentou no país durante a pandemia - virou queridinha de muita gente. Antes demonizado por uma falsa ideia de que proporcionava colesterol alto, o ovo agora é aliado da dieta saudável. Em 2020, cada brasileiro comeu 251 ovos - um recorde histórico. Há dez anos, eram quase cem a menos por ano (148). Isso nos coloca acima da média global (230 unidades por ano), segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal. 

Num ranking de quase cem países, estamos em 70º quando o assunto é preço de ovo (do mais caro ao mais barato). Pagamos US$1,49 por dúzia. Pra efeito de comparação, nossos vizinhos uruguaios ocupam a 23ª colocação, pagando US$2,79 segundo a Global Product Prices.

Em parte, esse consumo maior por aqui é explicado pelo aumento de preço de outras proteínas de origem animal, como a carne bovina, por exemplo. Em parte. Por que não há como negar que o encantamento por esse ingrediente ganhou força com a presença cada vez maior em pratos de restaurantes famosos. O ovo não se limita ao frito, mexido e cozido. Há uma infinidade de ideias e receitas com ele.

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O ovo mollet, por exemplo, tem clara firme e gema mole, escorrendo. É sucesso em menus de cozinhas francesas no Brasil e no exterior - ainda mais se acompanhado de trufas e outros ingredientes nobres, como caviar. Por aqui, podemos encontra-lo em entradas como o mokshouka (versão brazuca do prato indiano shakchuka) recém-lançado pelo restaurante Mocotó. Também ganha destaque na frigideira de ovo caipira com batata e jámon, do restaurante Teus, em São Paulo.

Delícia também eram os ovos nevados com jenipapo, do extinto Corrutela, mais uma vítima da pandemia. Sobremesa de respeito, leve e inteligente, usando o ovo da melhor forma.

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Ovos nevados do extinto Corrutela
Ovos nevados do extinto Corrutela Ovos nevados do extinto Corrutela

Agora, o ovo ganha uma rede de fast-food, inaugurada essa semana, dedicada a ele. O Eggy tem a primeira unidade no bairro do Itaim, zona sul da capital e quer arrebatar gente desde o horário do café da manhã até o jantar.

Um dos sócios do projeto é o grupo Granja Faria - umas das maiores produtoras de ovos do país. Mas é interessante dizer, que para o restaurante destinado a um público de classe média-alta, a empresa escolheu os produtos da linha “Ares do Campo”.

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Instalada em 2018, na cidade de Palhoça-SC, a primeira granja da Ares do Campo tinha mais de 600 mil metros quadrados. Espaço de sobra para criar galinhas livres de gaiolas (Hoje, o grupo cria 1,2 milhões as chamadas galinhas cage-free entre todas as unidades). Além da liberdade, que contribui para o bem-estar animal, a ração oferecida, segundo o CEO, Denilson Dorigoni, é livre de hormônios, antibióticos e produtos de origem animal. O consumo de alimentos e de água é ilimitado. Com isso a companhia ganhou o selo ‘Certified Humane’.

" O Eggy nasceu da mistura de culturas presentes nos diferentes estados em que atuamos. Com as aquisições que a Granja Faria realizou (9 empresas entre 2017 e 2021), veio um patrimônio de dezenas de anos de história e marcas com tradição local. E descobrimos também que elas possuíam muitas receitas e pratos feitos com ovos. O Eggy traduz tudo isso mais a determinação de inovar no mercado de fast food, criando uma marca moderna, com a linguagem dos tempos atuais, mas que na sua origem traz uma antiga paixão brasileira pelo ovo, agora compartilhada de forma leve e descontraída com as novas gerações", explica Denilson.

De acordo com o empresário, o mercado de ovos gira na casa dos R$ 20 bilhões anuais no Brasil e nos últimos anos, crescimento é em torno dos dois dígitos. Só a Granja Faria, teve um aumento de faturamento de R$ 683 milhões para R$ 785 milhões na pandemia. "O ovo sofreu muitos preconceitos, principalmente em relação a sua associação com colesterol, doenças cardíacas etc. E isso levou bastante tempo para ser superado. Mas no gosto popular e por quem pratica esporte, ele nunca foi abandonado", completa.

No menu do Eggy tem desde cafés da manhã completos a sanduíches e burgueres em que o alimento tem destaque. Até na bebida, o produto vem em formato de shake de albumina. Marombados agradecem.

Sanduíche de pasta de ovo do Eggy
Sanduíche de pasta de ovo do Eggy Sanduíche de pasta de ovo do Eggy

Para pessoas como eu, que se preocupam com a origem do alimento que consomem, a saudabilidade e a produção sustentável é um fator importante. Em casa só entram orgânicos ou esses de galinhas criadas soltas e com alimentação natural: as chamadas galinhas felizes. Faz toda diferença - na saúde e no sabor dos pratos. Confie em mim.

Quer saber mais? Me segue lá, no @ehdecomer. Eu e meus ovinhos agradecemos a visita.

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