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Análise: Sutilezas tentam transformar o errado em certo

Para que qualquer sociedade cresça, é preciso que justiça, verdade e prática do que é certo façam parte das regras. Será que estamos no caminho certo?

Patricia Lages|Do R7

Justiça, na origem, se difere de justiça social
Justiça, na origem, se difere de justiça social Justiça, na origem, se difere de justiça social

O conceito de estrutura social pode ser formado de várias maneiras diferentes. Alguns creem que ocorre naturalmente e outros afirmam que trata-se de uma construção social. Porém, independentemente da forma como as sociedades se estruturam, o objetivo é sempre o mesmo: a busca pelo desenvolvimento por meio do crescimento de seus cidadãos em todos os sentidos.

Em termos bem amplos, para a conquista desse objetivo, é preciso viver à luz da verdade, praticando o que é direito e recorrendo à justiça quando há casos de desvios de conduta. Ou seja, não é possível crescer sem a definição do que é verdadeiro, correto e justo. Porém, são justamente essas bases que, sutilmente, vêm sendo enfraquecidas ao longo da história.

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Sutilmente, a justiça, o direito e a verdade – bases sólidas que proporcionam estabilidade e segurança – vêm sendo enfraquecidas por conceitos como justiça social, politicamente correto e verdade de cada um.

Há uma enorme diferença entre justiça propriamente dita e a chamada justiça social. Por definição,”justiça é a particularidade do que é justo e correto, como o respeito à igualdade de todos os cidadãos”. Enquanto a justiça propõe a igualdade entre todas as pessoas e julga seus atos, a justiça social propõe diferenciação de julgamento dependendo de quem seja e leva em conta o porquê do ato.

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A justiça determina o que qualquer cidadão merece sem favorecimentos, mas a justiça social determina o que um cidadão não merece simplesmente por fazer parte de um grupo favorecido. A justiça é cega, mas a justiça social não. A justiça leva em conta o que foi feito, mas a justiça social considera porquê foi feito. Com isso, o ato de ”roubar com propósito” ou de forma “justificável” acaba sendo amenizado e deixa de ser roubo.

O politicamente correto já está tão presente que muitos não se dão conta de que acaba sendo uma mordaça, que impede que muitas verdades sejam ditas por força de lei. Sem que muitos percebam, esse conceito vago teve poder para criminalizar a fala.

Com isso, pessoas adultas vivem como crianças, achando que aquilo que pensam é a verdade e pronto. Para justificar qualquer pensamento ou conceito, ainda que não pare em pé, basta dizer que a “sua verdade” é diferente da “verdade do outro”. Porém, a verdade é a afirmação do que é seguramente certo e que está de acordo com a realidade. Tudo o que difere disso é mentira e distorção de justiça. Em pleno século 21, ainda é preciso conceituar o óbvio, mas vamos dar graças por ainda termos liberdade para isso.

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