Antes de qualquer coisa: este artigo não é uma piada, não foi extraído do site “Sensacionalista” e não é uma crônica fictícia do blog “Melhor Não Ler”. Apesar de o “meme” ter vindo pronto, trata-se de fato verídico.
O MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que já teve sua bandeira vermelha presente em uma manifestação em frente ao Hotel Plaza Athénée, em Nova York, ao lado de cartazes com os escritos “Fora Temer” e “Temer out”, ataca novamente.
Desta vez, visando captar R$ 17,5 milhões, o MST irá emitir um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), um título de renda fixa que promete remunerar 5,5% ao ano. O retorno será pago, vejam só, com o lucro da venda de produtos agrícolas a serem produzidos por quem diz não ter terra para produzir. Acho que vale a pena repetir: isto não é uma piada.
Para que a entrada no mundo capitalista, ou seja, no universo dos investimentos, não pareça uma entrada no mundo capitalista, a esquerda prefere dizer que está criando um “capitalismo consciente”, onde o lucro é bonzinho, apesar de ser igualzinho ao lucro malvadinho do capitalismo, aquele que “destruiu” nosso país, assim como os demais países capitalistas, como os Estados Unidos, por exemplo.
Como qualquer um pode investir – desde que tenha, pelo menos 100 reais – a esquerda chama sua captação de recursos de “democratização e diversificação” dos investimentos, e promete “combater” a concentração do dinheiro na mão de poucos. E onde é que esses títulos “do bem” poderão ser negociados? Sim, na “malvadona” B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. De novo: não se trata de uma piada.
Agora, explorar o mundo dos investimentos não é mais apenas “privilégio dos grandes produtores” e investir na bolsa já não é tão mau assim. Mas só vale para o CRA do MST, combinado? Não vá se empolgar e sair comprando títulos mais lucrativos, afinal, só o que passa pelo filtro da esquerda é que fica limpinho. Eu já disse que isso não é uma piada?