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Análise: Figura do pai é indispensável à família

Sociedade moderna tem pagado um alto preço pelo menosprezo à figura e à presença dos pais 

Patricia Lages|Do R7

Pai é indispensável
Pai é indispensável Pai é indispensável

No Dia dos Pais de 2008, quando ainda era senador dos Estados Unidos, Barack Obama discursou sobre a importância da presença do pai dentro de casa, utilizando-se das estatísticas disponíveis até então.

“Sabemos que crianças que crescem sem pais têm cinco vezes mais chances de viver na pobreza e cometer crimes. Têm nove vezes mais chances de deixar a escola. Vinte vezes mais chances de ir para a cadeia. Têm muito mais probabilidade de terem problemas de comportamento e fugir de casa, ou se tornarem pais e mães na adolescência. Porque o pai não está em casa. Os fundamentos da nossa sociedade se enfraquecem por causa disso”, afirmou Obama.

Estima-se que, no Brasil, 20 milhões de pessoas não possuem o nome do pai na certidão de nascimento e que 80% da população carcerária não têm documentos básicos. O abandono paterno tem crescido nos últimos anos, assim como a criminalidade e a violência que prejudicam a sociedade como um todo.

O cinema, a literatura, a música, as artes e a mídia em geral têm enaltecido a figura da mãe em detrimento da imagem do pai. Cada vez mais as mulheres têm sido conduzidas e induzidas a pensar que são autossuficientes, empoderadas, independentes e unicamente necessárias, enquanto o pai não passa de um mero coadjuvante, praticamente reduzido a um doador de esperma.

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A imagem da mãe solo vem sendo amplamente romanceada, como se fosse fácil ser, ao mesmo tempo, mãe, pai e provedora de todas as demandas que envolvem a criação de um filho. Além de sobrecarregar as mulheres com a cobrança de serem poderosas e não precisarem de ninguém, a sociedade tem privado as crianças de desfrutarem da presença do pai.

Pais e mães têm papéis diferentes e complementares e servem como referência para seus filhos, bem como para a sociedade em si. Menosprezar a importância dos pais e empurrar toda responsabilidade da criação dos filhos sobre os ombros das mães enfraquece a família que, por sua vez, acaba por debilitar todo o seu entorno.

É preciso resgatar e tornar a reconhecer a necessidade da figura paterna dentro das famílias, assim como cobrar deles muito mais do que apenas sustento, pagamento de pensão ou uma visita a cada quinzena. Se queremos uma sociedade mais igualitária e próspera, precisamos de famílias mais fortes, com mulheres que possam contar com seus parceiros – e vice-versa – e filhos que possam contar com a segurança de terem pai e mãe.

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