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Análise: Brasil deveria ter 'padrão Carnaval de qualidade' em tudo

Mesmo sendo o país que deixa tudo para a última hora, folia é preparada com meses de antecedência, com esquenta e after party

Patricia Lages|Do R7

Como seria o nosso país se tudo fosse pensado com a mesma antecedência que o Carnaval?
Como seria o nosso país se tudo fosse pensado com a mesma antecedência que o Carnaval? Como seria o nosso país se tudo fosse pensado com a mesma antecedência que o Carnaval?

Nem o aumento de casos de Covid-19 em várias partes do mundo parece abalar as estruturas do Carnaval 2022 que, mesmo diante de um quadro bem parecido ao que ocorreu no ano passado, deve acontecer em várias partes do país. Mais uma demonstração de que folia no Brasil é coisa séria.

Em 2020, ignorando o que acontecia na Europa, o Carnaval aconteceu como se não houvesse amanhã — nem pandemia — e movimentou cerca de R$ 7,91 bilhões, somando as festas em si e o faturamento do setor de turismo. Porém, se o valor for confrontado com o que o país perdeu, tanto na economia quanto em vidas, o balanço obviamente foi negativo.

Mas a impressão que se tem é que esses dados não querem dizer muita coisa quando comparados ao fato de o brasileiro ter de passar mais um ano longe das ruas e dos sambódromos. Parece inadmissível continuar com a história do #FiqueEmCasa e estender quaisquer restrições sanitárias por mais tempo em um momento em que as pessoas não veem a hora de se divertir. #BoraPraAvenida

Agora, imagine se esse desdobramento todo se estendesse a outras áreas. Como seria o nosso país se tudo fosse pensado com a mesma antecedência que o Carnaval e se as pessoas se preparassem com o mesmo empenho com o qual ensaiam os enredos e as coreografias para não fazer feio na avenida? Onde estaríamos se, para tudo o que fizéssemos, houvesse um “esquenta” e um “after”? Já pensou se nossa indústria precisasse de uma “produção fora de época” para atender à demanda de um povo próspero em uma economia aquecida?

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Se o Brasil aplicasse o “padrão Carnaval de qualidade” em tudo, certamente seríamos uma potência e encantaríamos o mundo com performances espetaculares além daquelas do mês de fevereiro.

Por enquanto, nos resta aguardar o que a “ciência” dirá aos nossos governantes com respeito às aglomerações de um Carnaval sem máscaras em meio a uma pandemia que, até onde se sabe, ainda não acabou. Ah! E é claro que não esqueceremos da saúde, mas isso a gente vê depois.

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