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O que é fome emocional e saiba como controlá-la

Especialistas explicam como as emoções podem influenciar você a comer mesmo quando não está com fome; saiba como evitá-la!

Equilíbrio para uma vida mais saudável|Renato Fontes, do R7 Conteúdo e Marca

Fome emocional surge de forma repentina e com preferência por alimentos calóricos.
Fome emocional surge de forma repentina e com preferência por alimentos calóricos. Fome emocional surge de forma repentina e com preferência por alimentos calóricos.

Já sentiu a necessidade de descontar na comida algum tipo de sentimento? Você não está sozinho. A fome emocional é uma situação bem comum, mas requer atenção. Ainda mais em tempos de pandemia de covid-19, onde as emoções estão à flor da pele. Por isso, especialistas explicam o que é e o que deve ser feito para não deixar que a fome emocional tome o controle da sua mente. Continue a leitura!

O que é fome emocional?

De acordo com Valéria Goulart, médica nutróloga e especialista em medicina lifestyle pela Universidade de Harvard (EUA), a fome emocional é a necessidade de consumir alimentos calóricos (com muito açúcar, sal e carboidrato) para “aliviar” frustrações ou expectativas. “Alimentos com muito açúcar, gordura ou sal liberam dopamina e serotonina, neurotransmissores da felicidade”, explica a médica nutróloga.

E esse hábito de comer “coisas gordas” durante a fome emocional é conhecido como comfort food (comida de conforto, inglês), que são aquelas refeições consumidas em ocasiões especiais, como pizza ou hambúrguer, por exemplo. “A pessoa, quando está muito triste ou ansiosa, não vai ter gula por alface. Ela vai querer comer coisas gostosas”, afirma a nutróloga.

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Segundo Iury Florindo, psicólogo e mestre em análise do comportamento pela Universidade Estadual de Londrina (PR), é preciso tomar cuidado. “Isso passa a ser um problema quando começa a ocorrer com frequência e a pessoa estabelece uma relação de culpa com a comida”, alerta o especialista.

A fome emocional tem contribuído para o aumento da obesidade no Brasil, que já soma 95,9 milhões de habitantes acima de 18 anos com excesso de peso, sendo que 41,2 milhões deles estão obesos, afirma um estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Quais as causas?

Para o psicólogo Iury Florindo, as causas da fome emocional geralmente estão ligadas a fatores emocionais, como estresse, raiva, ansiedade ou tristeza. “O alimento traz uma sensação de conforto temporária, mas muitas vezes seguido de sentimentos de culpa e hábitos de restrição alimentar que podem piorar a situação”, alerta o profissional.

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Como identificar a fome emocional?

● Fome que surge de forma repentina

● Vontade de comer alimentos específicos, principalmente os que mais gosta

● Sensação de urgência em saciar a fome

● Sentimento de culpa após a comida

● Se alimentar além da saciedade até “ficar satisfeito”

Diferença entre fome física e fome emocional

Valéria Goulart explica que a fome física é a necessidade natural que o corpo tem de consumir alimentos variados para repor energias gastas ao longo do dia. “A barriga começa a roncar, dá dor de cabeça, tontura ou até fica sem energia”, define a médica nutróloga . Já a fome emocional é aquela que surge de forma repentina e que desperta o desejo de comer algo específico, como uma barra de chocolate, por exemplo.

Quem sofre mais: homens ou mulheres?

De acordo com a especialista em medicina lifestyle, a fome emocional afeta ambos. Entretanto, afirma que há estudos que apontam ser mais comum entre as mulheres. “Tem mulheres que descontam todas suas angústias, tristezas e alegrias na comida, principalmente na TPM, onde há oscilação hormonal”, explica Valéria Goulart.

Como driblar a fome emocional?

Além de ter uma refeição equilibrada e saudável, há diversas formas de controlar a fome emocional. Uma delas é o mindful eating (comer consciente, em inglês), técnica que envolve o desenvolvimento das percepções e a consciência sobre os hábitos alimentares. “É controlar o corpo e a mente para o que realmente precisa comer”, resume a especialista em medicina lifestyle. “A cada garfada e mordida é sentido os sabores, os aromas e as texturas da alimentação”, acrescenta Valéria.

Além disso, é importante ter um local adequado para a alimentação e não se preocupar com as tarefas pendentes ou na quantidade de calorias ingeridas.

Onde buscar ajuda?

O recomendado é procurar uma equipe médica multidisciplinar para uma avaliação completa. “É importante ter um médico nutrólogo, para poder diferenciar se é patológico ou não, e um psicólogo, que vai trabalhar essa parte das emoções”, orienta Valéria Goulart. Em casos mais graves, a profissional ainda sugere a consulta de um médico psiquiatra.

Dicas simples de como controlar a fome emocional

● Identifique os gatilhos

● Adote alimentação saudável

● Consuma alimentos ricos em triptofano (banana, nozes, aveia, leite) e Vitamina C (laranja, acerola, morango, amora)

● Mastigue lentamente os alimentos

● Realize exercícios físicos diários

● Tenha uma noite de sono adequada

● Tenha uma vida sexual ativa

● Cultive relacionamentos saudáveis

● Aprenda técnicas de meditação e respiração

Fontes e referências:

IBGE: Um em cada quatro adultos do país estava obeso em 2019, Internet. Acesso em agosto/2021

Valéria Goulart, entrevista. Agosto/2021

Iury Florindo, entrevista. Agosto/2021

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